Itatiaia será a primeira cidade da região a receber o projeto “Caminhos Geológicos”

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ITATIAIA

Um grupo de professores e mestrandos de faculdades federais do Rio de Janeiro visitaram, na semana passada, o município. Eles estiveram reunidos com representantes da Secretaria de Planejamento e Assessoria Especial de Cultura para uma reunião sobre a possibilidade do tombamento do afloramento da cidade e a criação do projeto “Caminhos Geológicos”. A reunião contou com a presença do representante do Museu Nacional e professor e doutor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Renato Ramos; da professora e doutora, Soraya Carelli da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); da professora MS Elisabete Rocha da Universidade UniBH e do geólogo e mestrando da UFRJ, Ricardo Leite.

Durante o encontro foi apresentado o panorama da formação geológica da cidade, indicado os pontos de interesse para receber os painéis interpretativos do projeto “Caminhos Geológicos”, apresentado os trabalhos científicos que tem o afloramento como ponto de estudo e pedido o tombamento do local que se caracteriza um campo escola de estudo de rocha sedimentar. “Nosso objetivo é preservar as riquezas geológicas que tem sumido com a urbanização e esse afloramento é um campo escola importante para os estudos de rocha sedimentar. Há um interesse científico didático nessa ação, pois várias turmas de universidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais vem até esse ponto que hoje é o melhor local para estudo. Além de preservar, queremos sinalizar essa bacia que é a única que tem, por exemplo, carvão mineral e fósseis de pólen de mais de 30 milhões de ano”, explicou o representante do Museu Nacional, Renato Ramos.

Desde 2017, os professores estudam pontos na cidade para receber o projeto “Caminhos Geológicos” do Departamento de Recursos Minerais (DRM) do Rio de Janeiro. O projeto consiste na colocação de painéis interpretativos sobre a evolução geológica do estado para que o cidadão tenha acesso à informação e perceba a complexidade e o tempo que a natureza leva para construir a paisagem.

Itatiaia será a primeira cidade do sul do Estado a aderir e implantar estas placas. “Vamos providenciar, juntamente com a Secretaria de Planejamento, os trâmites legais para o tombamento do local, pois é importante que a população conheça como se deu a formação da cidade onde hoje vivemos. Com este afloramento o município passa a abrigar uma área de interesse educacional e estaremos no roteiro de estudos de grandes universidades. É muito interessante saber que em um barranco que vemos sempre no nosso dia-a-dia há registro do solo e de plantas formado há 30 milhões de anos, coisa que só com informação acadêmica nos damos conta”, relatou o Assessor Especial de Cultura, Rafael Fioratto.

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