Fundos Imobiliários

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Há alguns anos estava auxiliando uma mulher a encontrar o melhor investimento para um dinheiro que tinha acabado de receber. Enquanto analisávamos as aplicações financeiras, seu marido insistia que tudo aquilo não seria melhor do que comprar um imóvel e receber o aluguel, ele afirmava que qualquer coisa poderia acontecer, mas o imóvel estaria lá. Ele provavelmente viveu a hiperinflação da década de 90 e viu muitas reservas perderem seu valor ou até confiscada. Nessa época, um imóvel representava segurança para investir, mas as coisas mudaram, o mercado financeiro amadureceu e novas modalidades de investimentos surgiram.

Para ter um bom resultado na negociação de um imóvel, o investidor precisa encontrar uma opção com potencial de valorização antes da notícia se espalhar pelo mercado, e ter inquilinos de qualidade que não serão inadimplentes nem depredarão seu empreendimento. Para não depender só da intuição, é preciso ter acesso a pesquisas que envolvam os arredores, e a qualidade de crédito do inquilino. Isso, além de não ser algo simples de realizar, custa dinheiro. No meio dessa demanda, em 1993 a indústria de fundos criou uma maneira mais descomplicada de investir no mercado imobiliário, os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII), e hoje, com a taxa de juros cada vez mais baixa, esse investimento tem se popularizado entre as corretoras.

Os fundos imobiliários são compostos por imóveis físicos, Letra de Crédito Imobiliária (LCI) e Certificados de Recebíveis imobiliários (CRI). Por trás de cada decisão de uma nova aquisição do fundo, existe uma equipe experiente para mapear o potencial de cada negócio. Diferente dos imóveis, é possível começar com uma pequena quantia. O risco de ter um inquilino inadimplente ou que vá destruir seu imóvel é infinitamente menor e os “aluguéis” são isentos de imposto de renda. Os negócios imobiliários que compões o fundo, em sua maioria, são de alto padrão, e um pequeno investidor não poderia comprar sozinho. Os FIIs reunem outros investidores para juntos, comprar um imóvel muito melhor. O lucro acumulado com os aluguéis é distribuído mensalmente, e como todo lucro, está isento de IR. Não tem como resgatar este fundo, para ter de volta o dinheiro aplicado é preciso vender suas cotas, que acaba se traduzindo em outra facilidade. Quando se tem um imóvel e precisa de uma pequena quantia, não tem como vender só o banheiro, já o valor aplicado nos FII pode ser fracionado.

As cotas dos fundos imobiliários, assim como os imóveis reais, podem valorizar ou desvalorizar, e para saber se aquele fundo atende a sua tolerância ao risco, é preciso pesquisar sobre o histórico de oscilação e distribuição. Pesquise também o tipo de contrato de aluguel, se existe uma garantia para o cumprimento do prazo e a real situação do imóvel. Sobre toda a valorização da cota é pago um imposto de 20%, independente do prazo. Estes são investimentos de longo prazo, não dá pra colocar a reserva de emergência, use esta opção como diversificação para construção do seu patrimônio e vamos juntos fazer esse dinheiro render ainda mais.

 

 

 

 

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