Sassaricando – Oscar Nora – 5 de outubro de 2019

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Imagem: YouTube/Divulgação

Na próxima quinta-feira, dia 10 de outubro, as seleções do Irã e do Camboja estarão se enfrentando em jogo válido pelas eliminatórias da Copa do Mundo Qatar/2022. O duelo entre as duas seleções – Qatar, 23ª no ranking da Fifa e Camboja, 169ª – não chamam a atenção pela qualidade do futebol que possuem.
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Mas vem repleto de significado social, se avaliarmos do ponto de vista da diferença de gênero no cenário esportivo. Proibida na cultura islâmica e tolerada apenas em raríssimas ocasiões, a esperada presença definitiva das torcedoras nos estádios poderá começar a partir deste jogo.
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Se isso vier efetivamente acontecer, as banidas dos estádios em jogo de futebol masculino no país desde 1979, quando ocorreu a revolução islâmica, se tornarão uma nova e alegre torcida que hoje, não podendo vibrar nas arquibancadas, faz sua festa diante dos telões, nas áreas de alimentação dos shoppings iranianos.
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A diferença de gênero no esporte só pode e deve existir na competição em si. No futebol, no basquete, no vôlei, natação, atletismo e dezenas de outras modalidades esportivas, coletivas ou individuais, o determinante está na compleição física. Por essa razão, o peso da bola e outros detalhes nas regras desses esportes são diferenciados
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Pode ser que na evolução do ser humano, no futuro se veja, na escalação da seleção brasileira masculina de futebol, a jogadora Formiga atuando ao lado de Coutinho e Marta ao lado de Neymar, ou vice-versa. Mas creio que isso vá levar tempo para se tornar uma realidade.
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De imediato, o que pode acontecer é que as mulheres transgênero venham ser obrigadas a competir entre os homens e os homens trans entre as mulheres. Aliás, em São Paulo, a Assembleia Legislativa votará na próxima semana uma lei nesse sentido.
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Se a lei for aprovada e o governador vier sancioná-la, em todo território do estado de São Paulo o azul que virou rosa e a rosa que virou azul terão que competir no novo gênero do sexo que escolheram. Se não o fizerem, eles e seus clubes perderão o arco-íris e verão a coisa preta em multas de até 50 salários mínimos.

Foto: IAAF/DOHA/2019

Em busca do primeiro pódio brasileiro no Mundial de Atletismo que está sendo realizado em Doha, no Qatar, neste sábado Darlan Romani disputará a final do arremesso de peso. Darlan fechou a última etapa com o arremesso de 21,69m na bola que, para quem não sabe, tem uma massa de 7,26 kg e é geralmente feita de bronze ou ferro fundido e chumbo, possuindo cerca de 12 cm de diâmetro. Foi segundo melhor arremesso – 21,69m, apenas 23 centímetros menor do que a marca do neozelandês Thomas Waish que alcançou 21,92m.

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