Sarau de poesia homenageia poeta Paulo Leminsky

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RESENDE 

A Biblioteca Pública Dr. Jandyr César Sampaio, situada na Praça do Centenário, em Resende, abre as portas nesta quinta-feira, dia 27, às 19h30min, para homenagear o poeta Paulo Leminski, com o Sarau de Poesia ‘Samurai Malandro’. A ação presta memória aos 30 anos de falecimento do poeta, tendo entrada franca e classificação livre.

O encontro incentivado pela Prefeitura de Resende terá a participação especial da Mônica Izidoro, Josy Costa, Mácio Whately, Renato Martini e Ulisses Coli.

Paulo Leminiski nasceu em 1944 e se destacou por fazer poemas breves e curtos. Alguns de seus textos chegaram a ser gravados por artistas da Música Popular Brasileira, sendo embalados pela bossa nova. Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou em 1983 uma biografia de Bashô. Além de escritor, também era faixa-preta de judô.

O poeta curitibano morreu no dia 7 de junho de 1989, aos 44 anos, em consequência do agravamento de uma cirrose hepática que o acompanhou por vários anos.

Sua trajetória começou em 1964, publicou poemas na revista Invenção, porta-voz da poesia concreta paulista. De 1970 a 1989, em Curitiba, trabalhou como redator de publicidade. Foi compositor, tem suas canções gravadas por Caetano Veloso e pelo conjunto A Cor do Som. Em 1975, publicou o romance experimental ‘Catatau’ e traduziu, obras de James Joyce, John Lenom, Samuel Becktett e Alfred Jarry, entre outros. Leminsky também foi colaborador do ‘Folhetim’ do jornal Folha de São Paulo e com a revista Veja.

O livro ‘Metaformose’, foi ganhador do Prêmio Jabuti de Poesia, em 1995. Em 2001, o poema ‘Sintonia para pressa e presságio’ foi selecionado para o livro ‘Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século’, da Editora Objetiva, do Rio de Janeiro.

BIBLIOGRAFIA

A obra literária de Leminsky exerce influência em movimentos poéticos ao longo dos últimos anos. A bibliografia conta com obras como: ‘Catatau’ (prosa experimental); ‘Quarenta clic’s de Curitiba’, poesia e fotografia, com o fotógrafo Jack Pires; ‘Polonaises’, ‘Não fosse isso e era menos/ não fosse tanto e era quase’; ‘Tripas’, ‘Caprichos e relaxos’. ‘Agora é que são elas’, ‘Hai Tropikais’, com Alice Ruiz; ‘Um milhão de coisas’, ‘Guerra dentro da Gente’; ‘Caprichos e relaxos’; ‘Distraídos venceremos’; ‘A lua foi ao cinema’, ‘La vie en close’; ‘Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego’, ‘Winterverno’, com desenhos de João Virmond; ‘Szórakozott Gyozelmunk (Nossa Senhora Distraída) — Distraídos venceremos’, tradução de Zoltán Egressy; ‘Coletânea organizada por Pál Ferenc’; ‘Descartes com lentes (conto)’, ‘O ex-estranho’, ‘Melhores poemas de Paulo Leminski’, seleção Fréd Góes; ‘Aviso aos náufragos’, ‘Agora é que são elas’ e ‘Distraídos Venceremos’.

 

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