‘Arte na Capa’ promovido pelo Museu da Imagem e do Som de Resende homenageia os 120 anos do Cinema Nacional

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Os 120 anos do cinema nacional, celebrado no último dia 19, não está passando em branco em Resende. O projeto “Arte na Capa”, realizada pelo Museu de Imagem e do Som (MIS), apresenta capas de discos e CD’s com trilhas sonoras de filmes, posters, lobby cards que são fotografias de cenas de filmes em pequenos cartazes com registros de cenas dos filmes, além de objetos, roteiros, e peças de vestuário, usados em filmes que fizeram sucesso no cinema brasileiro. A mostra que é promovida pela Prefeitura por meio da Fundação Casa de Cultura Macedo Miranda pode ser visitada até a próxima sexta-feira, dia 29, no MIS, localizado na Rua Luiz da Rocha Miranda, 117, no Centro Histórico da cidade, no horário de meio dia às 18 horas.

A presidente da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, Denise Assis, ressalta que a exposição 120 anos do cinema, assim como as demais já realizadas pelo MIS, representa uma oportunidade para que o público possa voltar ao passado e relembrar grandes produções da sétima arte no Brasil, como os filmes ‘Deus e o diabo na terra do sol’, dirigido por Glauber Rocha em de 1964 e ‘Dona Flor e seus dois maridos’, adaptado da obra literária de Jorge Amado e dirigido por Bruno Barreto em 1976. “Em mais uma edição especial do Arte na Capa, esta mostra traz uma variedade de elementos que contextualizam o visitante e oferecem a ele a oportunidade de realizar uma verdadeira viagem no tempo. Além de todo o acervo exposto, o ambiente ainda é complementado pelas trilhas sonoras das produções, que recriam o ambiente dos filmes. É simplesmente imperdível”, destaca a presidente da Fundação.

CINÉFILOS TERÃO OPORTUNIDADE DE CONHECER CURIOSIDADES

Os cinéfilos de plantão não podem perder a exposição. Segundo o servidor municipal do Museu da Imagem e do Som, Luís Arnaldo Gastão, mais conhecido como Lú Gastão, além das tradicionais capas de discos, esta edição especial traz nove capas de livros que também abordam a história do cinema, 35 CD’s com trilhas sonoras de filmes, quatro posters, além de objetos e roteiros, como o do filme “Chatô, o Rei do Brasil”, e peças de vestuário, como o casaco usado por Othon Bastos no filme ‘A Terceira Morte de Joaquin Bolivar’. Outra novidade da mostra são os já extintos lobby cards, mini cartazes com registros de cenas dos filmes, que costumavam ficar expostos perto do cartaz principal. Também está exposto croqui de figurino da atriz Lucinha Lins no filme Villa Lobos de 1997, cronogramas de filmagens, lata original do filme Tainá 2, a magia da Amazônia, além de uma relíquia do cinema, um cinto usado pela atriz Vanda Lacerda no filme “Gente Honesta” de 1944. “Os amantes do cinema vão se deleitar ao visitar a exposição que é uma homenagem aos 120 anos do cinema brasileiro. Por sinal, a primeira filmagem no Brasil foi feita em 19 de junho de 1898, quando o cinegrafista italiano Affonso Segretto, ao desembarcar no Rio de Janeiro vindo da Europa, filmou sua chegada ao país. Este registro foi pioneiro do território nacional que levou o título ‘Uma vista da Baía de Guanabara’, que ficou marcado como o Dia do Cinema Brasileiro”, explica o cinéfilo Lú Gastão, que emprestou grande parte de todos os objetos sobre cinema para compor a exposição. “Grande parte destes objetos que estão expostos aqui eu ganhei de pessoas que sabem que sou um apaixonado pelo cinema. Outros, eu também fui comprado ao longo de mais de 30 anos”, comenta.

Gastão também conta que uma das peças que ele considera mais importante do cinema nacional é o cartaz original do filme ‘Deus e o diabo na terra do sol’, dirigido pelo cineasta Glauber Rocha. “Este filme brasileiro é de 1964 e foi considerado um marco do cinema novo. O longa metragem foi gravado em Monte Santo, na Bahia e conta a história do sertanejo Manoel e sua mulher Rosa que levam uma vida sofrida no interior do país, uma terra desolada e marcada pela seca. No entanto, Manoel tem um plano que é usar o lucro obtido na partilha do gado com o coronel para comprar um pedaço de terra”, conta o cinéfilo, destacando que ganhou o cartaz original há mais do historiador Claudionor Rosa.

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