Exposição celebra os 113 anos de construção da Ponte Velha, em Resende

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Um dos mais marcantes cartões postais de Resende, a Ponte Nilo Peçanha está comemorando 113 anos de construção. Para marcar a data, o Arquivo Histórico Municipal, em parceria com a prefeitura, por meio da secretaria de Educação do município, promove uma exposição de fotografias, textos e maquetes feitas por estudantes da rede municipal de ensino contando a história da Ponte Velha, como é mais conhecida. A mostra pode ser visitada até o próximo dia 30, sempre de segunda a sexta-feira, no período de meio dia até 18 horas. A exposição está no corredor cultural escravos Augustinho, Amâncio e Estevão, localizado no Arquivo Histórico, no interior da Casa de Cultura, situada a Rua Luiz da Rocha Miranda, nº. 117, no Centro Histórico da cidade. Grupos e segmentos organizados podem agendar visitas através dos telefones 3360-6155 e 3360-6282. A entrada é gratuita.

A Ponte Nilo Peçanha, principal travessia de pedestre entre o Centro e o bairro Campos Elíseos, em Resende, foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e pela Prefeitura de Resende. “A Ponte Nilo Peçanha é um dos marcos históricos de Resende. Ela é o elo entre o Centro da cidade e Campos Elíseos, no segundo distrito de Resende. A travessia que foi construída sobre o Rio Paraíba do Sul, com ferragem importada da Bélgica, em 16 de abril de 1905, é de suma importância. No passado ligava os dois extremos: de um lado ficava a Santa Casa de Misericórdia, único hospital da cidade. E do outro, a estação ferroviária, principal via de locomoção. Atravessar a ponte era indispensável, tanto que até mesmo veículos chegaram a passar pelo local. Hoje, a ponte é usada de travessia apenas para os pedestres. A travessia também indicou o desenvolvimento de Resende naquela época”, conta o historiador e fundador do Arquivo Histórico Municipal, Claudionor Rosa.

A exposição, que visa resgatar a importância histórica da Ponte Nilo Peçanha para o desenvolvimento de Resende, além de destacar toda a sua beleza arquitetônica, contará com fotografias, textos e poesias, que poderão ser apreciados inclusive por deficientes visuais já que haverá versão em Braile, além de desenhos, banners e maquetes. Cada elemento da mostra registra um momento da história da ponte, levando o público a uma viagem no tempo, através das obras. “A exposição é voltada para pessoas de todas as idades, em especial para os jovens que terão a oportunidade de conhecer um pouco sobre a história da nossa cidade, de uma forma lúdica. Conhecer o lugar onde vivemos é um exercício fundamental para a formação da cidadania”, explica o historiador Claudionor que foi o curador da mostra.

Ele informa ainda que a mostra reúne além de fotografias de profissionais da região Sul Fluminense, textos informativos e maquetes feitas por estudantes das Escolas Municipais Marieta Sales Cunha, Maria Dulce Freire Chaves, Júlio Verne, Professor Carlinhos e Sagrado Coração, além do artesão Guaracy de Carvalho, da Cidade Alegria.

MARCO DE DESENVOLVIMENTO

Construída em estrutura metálica importada da Bélgica e trazida de navio para o Brasil, a Ponte Velha foi inaugurada no dia 16 de abril de 1905. Sua construção, considerada um marco no desenvolvimento da cidade, pôs fim a um verdadeiro drama enfrentado pelos moradores que precisavam atravessar o Rio Paraíba utilizando as antigas pontes de madeira que periodicamente eram carregadas pelas enchentes. O nome da ponte, Nilo Peçanha, é uma homenagem ao Presidente do Brasil na época, que veio a Resende especialmente para a inauguração da travessia, que completa 113 anos em 2018. Posteriormente, a ponte foi tombada como patrimônio histórico municipal e estadual.

CURIOSIDADES
De acordo com o historiador e diretor do Arquivo Municipal, Claudionor Rosa, na década de 80, a Ponte Velha ficou fechada e até foi ameaçada de demolição. O motivo é que a travessia estava sem manutenção com parte do piso de madeira podre. Naquela época foi criado o movimento popular SOS Ponte Velha, criado pelo Grêmio Literário de Resende em defesa e preservação da Ponte Velha. “Convidamos as escolas para participarem do movimento. No entanto, só três: Escolas estaduais Olavo Bilac, de Campos Elíseos e Souza Dantas, do Centro da cidade e a Escola Um, unidade participar, que se empenharam na causa de corpo e alma. Saímos fazendo passeatas e conseguimos demover a ideia de demolição da Ponte Velha”, recorda o historiados.

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