Dia Mundial da Saúde Mental objetiva chamar atenção sobre a necessidade de se cuidar do bem-estar emocional

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RESENDE

O Dia Mundial da Saúde Mental é celebrado anualmente em 10 de outubro e foi criado em 1992 pela Federação Mundial de Saúde Mental para chamar atenção sobre a necessidade de se cuidar da saúde mental e combater os preconceitos que acompanham quem desenvolve algum problema emocional e psicológico.

Nesses tempos de quase pós-pandemia de Covid-19, a doença continua afetando a saúde mental de grande número de pessoas em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia criou uma crise global para a saúde mental, alimentando estresses em curto e longo prazo, e minando o bem-estar emocional de milhares de pessoas ao redor do mundo.Nesse contexto, de acordo com especialistas, a manifestação dos efeitos da doença pode se tornar permanente tanto para pacientes e suas famílias, quanto para profissionais da área da saúde.

O psicólogo e coordenador do curso de Psicologia da Estácio Resende, Pedro Dinelli, destaca que questões relacionadas a saúde mental sempre chamaram atenção de modo geral por diversos motivos. Ela está relacionada a como reagimos as exigências da vida, como lidamos com afetos, desejos, capacidades, ideias, emoções. Ter saúde mental é estar bem consigo mesmo, com os outros, lidar com as dificuldades. “Nos últimos temos a pandemia fez com que a gente parasse em determinado momento para avaliar nossa relação com o mundo, com a natureza, a vida social e também a relação com nós mesmos. O medo tomou conta de todo mundo, vimos muitas vidas indo embora e nos sentimos ameaçados a todo o tempo. Tivemos o convívio limitado, relações limitadas, distanciamento necessários e ficamos muitos presos a nós mesmos”, cita.

De acordo com o profissional, a saúde mental tem a ver com construção de vínculos, aos quais foram interrompidos por conta do período de pandemia. “Temos que entender que quando se fala de vida humana, falamos de campo afetivo, ideias e relações. Temos que compreender que afetos e suas variações todos nós temos e quando perdemos a capacidade de administrar essas reações afetivas como medo, alegria, tristeza ou raiva, entramos na linha do adoecimento. Os primeiros sinais de que algo não vai bem são ansiedade, tensão, tristeza, gente que não faz mais suas atividades preferidas se afastam de pessoas e lugares, alterações de sono ou irritabilidade”, cita.

Ainda de acordo com o professor saúde e doença não são polos afastados e a normalidade precisa ser vista a partir de cada indivíduo. “Precisamos avaliar quais são as nossas condições de normalidade e condições saudáveis de lidar com a vida, reconhecer limitações, segundo é buscar auxílio psicoterápico”, cita, informando que a Estácio oferece atendimentos terapêuticos individuais e em grupo , presenciais e plantão online, ambos gratuitos. Para participar basta ligara para (24) 99841-5447 ou (24) 3383-4615.

OMS AVALIA

A Organização Mundial da Saúde avalia que a pandemia de covid-19 criou uma crise global na saúde mental. A estimativa é de um aumento de 25% nos casos de ansiedade e depressão, só no primeiro ano da pandemia. Ao mesmo tempo, houve uma interrupção nos tratamentos destinados ao reequilíbrio da saúde mental. Segundo a OMS, a covid-19 expôs o quanto os governos estavam despreparados para seu impacto sobre a saúde mental, revelando uma escassez global crônica de recursos para a saúde mental. A OMS aponta que, em 2020, os governos em todo o mundo gastaram, em média, apenas 2% dos orçamentos de saúde em saúde mental, com países de renda média-baixa investindo menos de 1%. A meta é diminuir o estigma social que impede a busca por tratamentos e dificulta a convivência em sociedade, agravando distúrbios psicológicos, o que pode levar quem passa por problema de saúde mental até ao suicídio.

 

 

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