Vendas do comércio restrito do Rio de Janeiro tem queda de 2,5%

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RIO DE JANEIRO

O volume de vendas do comércio varejista do estado do Rio de Janeiro apurado pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) elaborada pelo IBGE apresentou queda de 2,5% em setembro na série livre de efeitos sazonais depois de ter registrado igual crescimento em agosto. É o primeiro resultado negativo desde abril, quando o volume vendido pelo setor encontrou o fundo do poço.

Na comparação interanual, o volume de vendas cresceu 5,2% frente a setembro de 2019. O resultado veio bastante abaixo do esperado pelo IFec RJ, que previu crescimento de 10,2%. No Brasil houve crescimento de 0,6% em relação a agosto, abaixo da mediana das expectativas do mercado, igual a 1,4%. Em relação ao ano anterior, houve crescimento de 7,3%, em linha com a expectativa de 6,9% do IFec RJ e abaixo do 8,4% esperado pelo mercado financeiro.

O crescimento foi suficiente para zerar as perdas observadas no comércio varejista brasileiro no ano. Até setembro, o setor acumula crescimento igual a 0% em relação ao mesmo período do ano anterior. A desaceleração do crescimento em setembro acende a luz amarela para os resultados do comércio, já que foi em setembro que houve redução do tamanho do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300. Naquele mês, o Tesouro Nacional transferiu R$24,19 bilhões para as famílias brasileiras sob a forma de auxílio.

Em outubro, o valor caiu para R$ 21,04 bilhões. Desta forma, os resultados do setor dependerão cada vez mais da recuperação do mercado de trabalho. É possível que a queda nas transferências fosse compensada pelo aumento da renda do trabalho.

A queda na transferência do auxílio foi igual a R$ 3,15 bilhões entre setembro e outubro. Entre junho e agosto, o rendimento médio habitualmente recebido de todos os trabalhos foi igual a R$ 2.468. Desta forma, em torno de 1,3 milhão de pessoas teriam que entrar no mercado de trabalho para compensar a queda nas transferências se recebessem o que habitualmente recebiam entre junho e agosto . No entanto, nunca foi registrado entre os meses de setembro e outubro crescimento tão expressivo da população ocupada.

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