Tensão EUA x Irã: consumidores temem alta da gasolina após ataque

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SUL FLUMINENSE

Atento aos acontecimentos internacionais na crise diplomática entre os Estados Unidos e o Irã, o consumidor brasileiro teme que o atrito entre os países provoque a elevação do preço do petróleo e, a consequente alta no preço dos combustíveis, como a gasolina.

A tensão entre EUA e Irã domina o noticiário, e já mobiliza o governo federal apara tentar coibir a elevação da gasolina. O governo tem a intenção de pedir a colaboração dos governadores na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide sobre o valor final da gasolina. Na segunda-feira houve reunião entre o presidente Jair Bolsonaro, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, traçando estratégias contra a alta da gasolina. A proposta é ter o apoio dos estados por caber a eles um terço do preço final da gasolina, caso a tensão no Oriente aumente.

O preço da gasolina acompanha a cotação do petróleo no mercado internacional – Foto: Fábio Guimas

No Rio de Janeiro, a alíquota de 30% do ICMS pode representar R$ 1,50 no valor da gasolina. Desde o ataque americano em Bagdá, o petróleo Brent subiu 5% e operavam em alta com pico de US$ 70, mas ontem operavam em queda.

MEDO DA ALTA NOS PREÇOS

No Sul Fluminense, consumidores têm o receio é de alta nos postos. Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o valor do combustível não sofreu reajuste nos postos da Região Sul Fluminense. “Pago R$ 5 pelo litro da gasolina em Volta Redonda e se tiver aumento, cara, vou andar a pé. Torço para que essa crise acabe ou que não afete o mercado daqui”, conta o empresário Ricardo Lúcio da Silva.

O levantamento mais recente indica o preço médio do litro da gasolina em Angra dos Reis em R$ 5,337; Barra do Piraí – R$ 5,223; Barra Mansa – R$ 5,047; Resende – R$ 4,972; Três Rios – R$ 5,253; Valença – R$ 5,162 e Volta Redonda – R$ 5,077. “Vejo o noticiário e fico apreensivo. Não quero pagar caro (gasolina) pela guerra do Trump. A gasolina já ta cara e se mexer, prejudica a gente”, afirma o metalúrgico Sandro Moreira.

ENTENDA O CASO

No dia 3, Donald Trump ordenou ataque aéreo contra um comboio militar iraniano, no Iraque. O general Qassem Soleimani morreu e o Irã dá como certa uma retaliação. O Irã exporta petróleo, podendo inflacionar o produto.

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