Servidores de Volta Redonda fazem abaixo-assinado para Sindicato convocar assembleia

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VOLTA REDONDA

Por essa o presidente do Sindicato do Funcionalismo Público do município (SFPM), Ataíde de Oliveira, e seus diretores não esperavam. Na noite de segunda-feira, 23, eles foram obrigados a encerrar a reunião, que classificaram como assembleia para tratar assuntos pendentes com um grupo de servidores na Câmara de Vereadores. Segundo os servidores de vários setores, uma assembleia não pode ser realizada da forma que foi sem publicação de edital e muito menos em cima da hora. No final da reunião, os funcionários públicos iniciaram um abaixo-assinado com a finalidade de fazer a direção do Sindicato a convocar outra assembleia.

A servidora Marinete dos Santos lembrou ainda que o objetivo é atingir o maior número de servidores possíveis e obrigar o Sindicato a promover uma verdadeira assembleia e não uma pequena reunião como o presidente queria. Além disso, segundo ela, não deu voz aos trabalhadores. Disse que, a partir do abaixo-assinado, o presidente tem um prazo de 30 dias para realizar a assembleia, caso não faça os próprios servidores podem fazer isso. Na ocasião deverá acontecer também uma desfiliação em massa, já que, de acordo com os trabalhadores, a entidade não está atendendo mais a categoria e sim trabalhando contra.

De acordo com os servidores, a assembleia de segunda-feira seria para tratar, entre outros assuntos, da implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), que, segundo eles, já tem decisão definitiva da Justiça por sua implantação, mas que ainda não foi aplicado para a grande maioria da categoria, como os servidores da educação, das autarquias, fundações e da administração indireta. “Cobramos apenas o direito de expor sobre nossas dúvidas e não tivemos, como sempre, o direito de falar. Essa direção do Sindicato não nos dá esse direito”, contou a servidora Marinete.

CHEGOU PARA UMA ASSEMBLEIA

A servidora lembrou ainda que a base do funcionalismo público chegou na Câmara para uma assembleia chamada pela direção do Sindicato e se recusou a reconhecê-la como legítima, alegando também que a gestão dessa direção venceu em setembro de 2017, sendo renovada sem a aprovação do funcionalismo. “Queremos alguém que responda de verdade pela nossa categoria”, disse outro servidor, ressaltando que os servidores pretendem marcar uma assembleia geral para destituir a atual direção do Sindicato que não representa a base da categoria há muito tempo. Disse ainda que o abaixo-assinado está passando por todos os setores da prefeitura para alcançar o maior número de assinaturas.

Servidores de vários setores estiveram na Câmara por solicitação da direção do Sindicato

Outra funcionária pública lembrou que a atual direção do Sindicato está sendo rechaçada pela grande maioria dos funcionários públicos, pois há muito não luta pelos anseios da categoria. “Na segunda-feira, na Câmara, foi uma cena muito forte que reflete a rejeição dos trabalhadores à política da direção do Sindicato de conciliação com o governo Samuca. Reflete também a rejeição aos métodos da moral do vale tudo para se manter no poder. Na direção do Sindicato”, concluiu um servidor que esteve também na Câmara de Vereadores na segunda-feira.

Procurada pela reportagem do A VOZ DA CIDADE, a direção do Sindicato não foi localizada e até o fechamento desta reportagem não respondeu.

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