RESENDE
O vereador Sandro Ritton (DEM) solicitou a prefeitura que sejam realizados estudos para a implantação do exame “Teste do Olhinho” na rede pública municipal para todos os recém-nascidos no município. A indicação do parlamentar serve como um alerta para a importância de realizar o exame, detectar precocemente e prevenir diversas patologias oculares, como o Retinoblastoma, tipo raro de câncer nos olhos que se tornou mais conhecido após o ex-apresentador Tiago Leifter e sua mulher, Daiana Garbin, divulgarem um vídeo nas redes sociais contando que a filha, Lua, de um ano, foi diagnosticada com a doença. No vídeo, o casal faz um alerta sobre o perigo da doença que atinge principalmente crianças e a importância do “teste do Olhinho” para um diagnóstico rápido e preciso. O pedido de Ritton foi aprovado por unanimidade pelo Plenário e encaminhado ao prefeito Diogo Balieiro Diniz.
O vereador Sandro falou sobre a necessidade do exame “Teste do Olhinho” ser realizado nas primeiras 72 horas após o nascimento e deverá ser repetido uma vez ao ano na faixa etária de até três anos. “O Teste do Olhinho vai ajudar os pais e/ou responsáveis a terem um diagnóstico precoce que pode prevenir a doença e evitar sequelas mais graves nas crianças. Caso seja apontada alteração que indique a presença de Retinoblastoma, os pais deverão ser avisados e a criança encaminhada para tratamento”, explicou o parlamentar.
O “Teste do Olhinho, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é exame simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. O fenômeno é semelhante ao observado nas fotografias. Para que este reflexo possa ser visto, é necessário que o eixo óptico esteja livre. Isto é, sem nenhum obstáculo à entrada e à saída de luz pela pupila. Isso significa que a criança não tem nenhum obstáculo ao desenvolvimento da sua visão
DOENÇA
De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, o Retinoblastoma é um tipo raro de câncer ocular, mais comum em crianças e responde por 3% dos cânceres infantis. A doença aparece em crianças com mais de um ano de idade. Os demais casos são hereditários e a criança tem uma mutação num gene supressor de tumor que está presente em todas as células de seu corpo. Para ter um diagnóstico, o bebê deve fazer o “Teste do Olhinho” após o nascimento e repeti-lo com frequência até os cinco anos, faixa etária mais atingida pelo Retinoblastoma. O exame é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Crianças com a doença desenvolvem uma área branca e opaca na pupila, que se chama leucocoria, causada pela reflexão da luz provocada pela doença. No Brasil, essa condição é popularmente conhecida como “olho de gato” e é facilmente visível em fotos tiradas com flash. A criança deve ser levada ao oftalmologista tão logo o fenômeno seja identificado, porque, mesmo que não seja um Retinoblastoma, isso pode causar a perda da visão; problemas na movimentação do olho, como estrabismo; redução da visão em um olho; dor no olho; globo ocular maior que o normal e olho preguiçoso (ambliopia).
