Polícia Civil prende acusados de manterem mulheres em cárcere privado; um morador de Resende

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NITEROI/RESENDE

Agentes da 35ª Delegacia de Polícia (DP) em Campo Grande, coordenados pelo delegado Davi Rodrigues prenderam na manhã de quarta-feira, dia 23, dois homens, suspeitos de manter mulheres em cárcere privado, em um apartamento em Niterói. No flagrante foram presos o produtor cultural, cantor gospel, ator e jornalista, morador de Resende, Marco Antônio Esch Gomes, que já foi candidato a prefeito, a deputado federal e a vereador no município das Agulhas Negras, e Everton Lamartine Matte. No apartamento, foram encontradas duas, das três mulheres, que estariam em cárcere privado. Uma seria de Volta Redonda e outra de Niterói. Um outro homem conseguiu fugir da abordagem.

Vários equipamentos eletrônicos e computadores foram apreendidos no apartamento-Divulgação Polícia Civil

De acordo com a Polícia Civil, a prisão aconteceu após uma das vítimas ter denunciado o crime na noite de terça-feira, dia 22. “Por volta das 23 horas recebemos uma notícia crime de que duas mulheres estavam sendo mantidas em cárcere privado. Quem nos trouxe a notícia foi uma outra mulher que conseguiu deixar o cativeiro e estava trocando mensagens com as mulheres que lá estavam”, disse o delegado titular Davi Rodrigues, informando que após o depoimento da vítima, na manhã desta quarta-feira, dia 23, foi realizada diligências no apartamento, em Niterói. “No local, onde funcionaria uma produtora, foi verificado que havia duas mulheres em cárcere privado e em condição similar análogo a de escravo, uma vez que elas, nada recebiam pelos trabalhos que produziam e eram submetidas em situações degradantes. Também foi verificado que elas estavam sendo vítimas de crimes sexuais”, contou.

Os suspeitos, Marco Antônio Esch Gomes e Everton Lamartine Matte foram presos em flagrante e conduzidos para a 35ª DP (Campo Grande), onde estão presos. A dupla vai responder por cárcere privado, trabalho escravo, estupro de vulnerável e estelionato. “No momento eles estão presos e vão responder por outros crimes que forem surgindo de acordo com os depoimentos”, complementou.

FALSOS AGENCIADORES

Segundo as investigações da Polícia Civil, os suspeitos se passavam por falsos agenciadores de artistas para atrair as vítimas. Um deles, inclusive, fingia ser um policial federal. “As mulheres foram atraídas por uma proposta de trabalho como atrizes em um filme. Estamos investigando ainda uma fraude na Lei Rouanet, através da Ancine, com um contrato que eles estabeleceram com a Ancine. Fazendo a divulgação de fotos em revistas sem a autorização das mulheres. Trata-se de um esquema maior de captação de mulheres”, disse.

RESPOSTA

O A VOZ DA CIDADE tentou ouvir a defesa de Esch sobre a acusação, mas após contato com uma familiar, não foi informado contato do advogado. O jornal se coloca à disposição para qualquer esclarecimento.

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