Mercado de TI terá mais de 400 mil vagas até 2024 e atualmente apenas 20% dos profissionais da área são mulheres

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RESENDE
Um levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) aponta que a procura por profissionais na área de Tecnologia da Informação (TI) será de 420 mil pessoas até 2024 no país. Com a garantia de superaquecimento neste mercado de trabalho – mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus –, o Brasil forma atualmente, segundo a entidade, 46 mil profissionais com perfil tecnológico por ano. Isso indica que poderá haver carência do profissional de TI nos próximos anos.

O professor do curso de Sistemas de Informação da Estácio em Resende, Thiago Ribeiro Carvalho, explica que o mercado de trabalho está aquecido. Isso muito por conta da necessidade de soluções tecnológicas e digitais que surgiram e também devido à demanda durante a pandemia com a possibilidade de trabalho home office, oferecendo oportunidades em diversas áreas da tecnologia, sendo a de desenvolvimento de software uma das mais requisitadas.
– A área de tecnologia possui uma curva de crescimento exponencial e a todo o momento surgem novas tecnologias, frameworks e ferramentas. O profissional sempre dever dar atenção ao surgimento destas ferramentas para que possa se manter atualizado e assim conseguir ascensão na carreira, afirma.

Para aqueles que pensam em ingressar no ensino superior nesta área, o especialista destaca que os profissionais de tecnologia podem atuar em diversos setores no mercado, em especial aqueles formados pela Estácio, uma vez que o curso de Sistemas de Informação da instituição abrange diversas áreas correlacionadas com as novas tecnologias, permitindo ao profissional atuar desde a área de suporte, redes, desenvolvimento de software, aplicativos, sites, até em projetos, metodologias ágeis e gestão.

Em Resende, a Estácio oferece o curso de Bacharel em Sistemas de Informação, com duração mínima de quatro anos (8 períodos).

– O curso permite que o estudante desenvolva a habilidade de aplicação das ferramentas computacionais e metodologias de projetos, bem como a utilização de equipamentos de informática na produção de sistemas. Ele aprenderá a aplicar conceitos de qualidade, usabilidade, robustez, integridade e segurança de programas computacionais de forma a agregar um diferencial em sua atuação profissional, destaca o coordenador da graduação em Resende, Jesus Alexsandro Alves Rosa, salientando que o curso oferece disciplinas focadas no aprendizado e baseadas nas competências dos alunos, com a utilização de metodologias ativas, unindo a teoria à aplicaç&atild e;o prática, contando com laboratório e VDIs – virtualização do sistema operacional do computador.

Apenas 20% das vagas são ocupadas por mulheres

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que apenas 20% dos profissionais que atuam na área de TI são mulheres. A porcentagem foi confirmada pelo levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita com mais de 580 mil profissionais de TI que atuam no Brasil e no mundo. Em 2019, a gigante Google também revelou que apenas 30% do seu quadro de funcionários é formado por mulheres.

O coordenador do curso da Estácio em Resende explica que apenas 6% dos alunos, matriculados atualmente na graduação de Sistemas de Informação do campus, são mulheres.

– Isso pode ser atribuído à falta de informação sobre as possibilidades e por acharem que é uma área com pouca inclusão feminina, o que nos últimos anos tem sido revertido. O que é curioso e muitos não sabem é que várias mulheres contribuíram para o desenvolvimento da tecnologia, desde a criação do primeiro computador à criação de linguagens de programação, revela.

O professor Thiago, especialista na área e Scrum Master/Agile Master, observa que para as mulheres o setor de tecnologia é muito promissor, o que pode ser percebido pelo aumento das vagas para elas no mercado de trabalho, onde podem se destacar em grandes organizações, inclusive como gerentes de projetos, áreas de gestão e afins.

– Atualmente a concepção com relação à discriminação à mulher no mercado de tecnologia vem sendo trabalhada dentro das empresas, e muitas contemplam iniciativas voltadas exclusivamente para a contratação feminina, havendo, inclusive planejamento para igualar o número de homens e mulheres em seu quadro.

Mudando o conceito de que “tecnologia é coisa de homem”

Adrienne Maia Silva Vivaldo, de 21 anos, é uma das alunas do curso de Sistemas de Informação da Estácio em Resende. Ela está no 4º período e conta que escolheu a área por sua abrangência e que desde criança demonstrava interesse por TI.

Ela já atua no setor desde 2019, quando iniciou como aprendiz em uma empresa de Resende, tornando-se estagiária no ano seguinte, onde está em seu segundo ano de estágio.

–  Por ser mulher, muitas vezes algumas pessoas subestimam minha capacidade, mas mantenho sempre meu profissionalismo e faço com que mudem o conceito delas com relação à mulher na tecnologia. Muitas das vezes, a mulher não tem nem o apoio familiar, por considerarem a profissão como “coisa de homem”, e na hora de uma entrevista, por exemplo, pode sofrer por ser uma das ou até a única mulher do processo seletivo e ser descartada. Mas precisaremos nos manter focadas no nosso trabalho e espero ter um futuro profissional na área com estabilidade e sendo reconhecida pelo meu trabalho.

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