Manifestações de apoio ao ex-presidente Lula acontecem na região

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SUL FLUMINENSE

Amanhã, quarta-feira, está marcado o julgamento de recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), segunda instância das ações da Operação Lava Jato. Lula já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a nove anos e seis meses de prisão no caso do triplex em Guarujá, São Paulo. E os apoiadores do ex-presidente sairão às ruas para manifestar o apoio. No Sul Fluminense ações serão realizadas em Barra Mansa, Volta Redonda e Resende, às 9 horas. A organização é da Frente Brasil Popular Sul Fluminense.

Segundo uma das coordenadoras da frente, Inês Pandeló, em Barra Mansa o ato será na Praça da Matriz com o seguinte slogan: Eleição sem Lula é fraude. “Estamos fazendo esse ato em favor da democracia, pelo direito do Lula ser candidato. Já saíram caravanas para Porto Alegre, da região foi um ônibus com 26 pessoas, e ainda terá um grande ato no Rio de Janeiro. Pretendemos ficar concentrados até o final do julgamento. Sabemos que é um dia de semana e não tem tanta facilidade de mobilização, mas achamos importante marcar em Barra Mansa a opinião dos movimentos”, destacou Pandeló.

Fazem parte do movimento diversos movimentos, sociais e partidários, como PT, PCdoB, CUT, Sindicato da Construção Civil, Associação de Mulheres, dentre outros. “O que defendemos é que numa democracia não se pode condenar sem provas, todos são inocentes até que se prove o contrário, e o que está acontecendo é que inverteram isso, Lula é culpado e ele tem que apresentar as provas de sua inocência. O certo é que quem acusa precisa apresentar provas e não existe alguma a não ser delação premiada”, citou.

VIGÍLIA DEMOCRÁTICA

Outro coordenador da Frente Brasil Popular Sul Fluminense é Álvaro Brito, um dos responsáveis pela organização do ato em Resende que será realizado no Bar Atlântico, no Centro, próximo a antiga Câmara de Vereadores. Lá, a ação será diferente será uma vigília democrática, com bate-papo e um café comunitário. “A ideia é juntar as pessoas nesse momento difícil para o partido, para refletir, acompanhar e fazer avaliações, e com o resultado pensar o futuro do partido”, citou.

E sobre o que pode acontecer, questionado sobre o que representantes do partido nacionalmente estão falando que Lula virá candidato a presidente independente do resultado, Álvaro Brito disse que o partido tem apenas esse plano e o Tribunal Superior Eleitoral dará a posição a respeito do registro da candidatura no mês de setembro e que o indeferimento é apenas em casos de transitado em julgado, quando não existir mais opção de recurso.

Em Volta Redonda a ação de apoio ao ex-presidente será na Praça da Biblioteca Pública Municipal Raul de Leoni, também às 9 horas.

CASO LULA

O julgamento feito contra Lula foi por Sérgio Moro, que o condenou. Ele sustenta que a empreiteira OAS pagou R$ 2,2 milhões em propina a Lula por meio da entrega do triplex e reformas realizadas no imóvel. O ex-presidente nega ser dono do apartamento.

No julgamento desta quarta-feira o caso será analisado pelos três desembargadores da 8ª turma do TRF-4, em Porto Alegre.

Lula é acusado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido o triplex da empreiteira. A defesa de Lula alega que Sérgio Moro agiu de forma parcial no julgamento e afirmam não haver provas contra o ex-presidente.

No processo, o Ministério Público Federal (MPF) ainda pede aumento da pena aplicada por Moro a Lula e solicita a aplicação do regime fechado a Lula.

Se algum dos magistrados do TRF-4 pedir vistas do processo ele será adiado. Se perder, o ex-presidente pode apresentar ainda recursos. Se acontecer o contrário e ele for absolvido, o MPF pode também recursos aos tribunais superiores em Brasília.

Professora Clarice é pré-candidata a deputada estadual e participa de ato em Porto Alegre

Uma das militantes que está em Porto Alegre para o julgamento do ex-presidente Lula é a representante de Barra Mansa, Clarice Ávila. Conhecida como professora Clarice se coloca como pré-candidata a deputada estadual pelo PT.

O grupo da região que seguiu para Porto Alegre conta com pessoas de Barra Mansa, Resende, Volta Redonda, Angra dos Reis. Todos ficarão concentrados para o julgamento. São mais de 225 caravanas confirmadas de diversos estados, além de grupos que se organizam e seguirão para o local. Se somam a esses grupos, mais de dois mil comitês populares criados por todo o Brasil a favor do direito de Lula ser candidato a presidente.

Para a Professora Clarice defender o direito de Lula ser candidato é assegurar que o golpe não se consolide e que o país retome o rumo de desenvolvimento social e econômico interrompido em 2016. Ela mencionou o fato de diversos juristas terem apontado grandes falhas no julgamento pelo juiz Sérgio Moro. “A sua arguição final está repleta de vazios de provas concretas. Abundam deduções e convicções subjetivas, impróprias a conduta de um juiz. As alegadas intervenções de Lula junto à Petrobras, em favor da construtora OAS que em troca teria dado a cobertura triplex em Guarujá não se confirmaram. A solução foi, então, a invenção de uma justificativa esdrúxula e até vergonhosa para um juiz minimamente sério”, disse a pré-candidata.

VEM PRA RUA FAZ MOBILIZAÇÃO EM DIVERSAS CIDADES

Hoje a noite a movimentação foi do Vem Pra Rua. Foi realizado  um ato em defesa da Justiça. Manifestações acontecerão no início da noite em mais de 40 cidades brasileiras.

A líder nacional do Movimento Vem Pra Rua, Adelaide Oliveira, conversou com o A VOZ DA CIDADE e afirmou que na região Sul Fluminense não aconteceram ações, seriam mais em estados. No Rio aconteceu apenas na capital e em Macaé. “Consideramos que a Justiça está sendo ameaçada e não é apenas na teoria. Sabemos que o cidadão comum quer confiar na Justiça e deseja que ela seja feita. Não é questão de proteger esse ou aquele, os brasileiros querem que o Brasil esteja em melhores mãos. Não faz diferença quem fez errado, mas quem fez precisa pagar por isso”, afirmou.

Adelaide disse que a data desta quarta-feira será histórica, de um julgamento contra um homem que já foi o político mais poderemos do Brasil. “Só que ele sujou sua própria história. O que queremos mostrar é que a Justiça pode ser feita. Não é apenas o pobre, mas qualquer um”, concluiu.

 

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