Governo do Estado e Firjan discutem a capacitação de mão de obra

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RIO DE JANEIRO

A falta de mão de obra capacitada no estado do Rio de Janeiro é um grande gargalo para a indústria fluminense. Pensando nisso, o governo do estado lançou mão do diálogo e da cooperação para solucionar essa deficiência. Filippo Scelza, subsecretário de Cooperação com o Setor Tecnológico e Inovativo do governo do estado, iniciou esse debate no Conselho Empresarial de Competitividade da Firjan em recente reunião on-line.

Ele explicou que, ao abrir as portas para o diálogo, é possível entender as demandas das empresas e aumentar a possibilidade de melhorar a capacitação profissional, uma vez que o estado é rico em instituições de ensino capazes de desenvolver projetos voltados para atender a essa necessidade. “A expertise da indústria é de grande importância para ajudar a ressignificar o ensino, otimizar recursos, atualizar os funcionários e evitar a ineficiência”, explicou, destacando que a escuta ativa já rendeu relevantes parcerias com a Nissan, a Dell, a Michellin e também com a Firjan Senai.

Felipe Meier, presidente do Conselho, disse que, apesar da iniciativa positiva do estado, ainda existe uma grande distância do empresário para as escolas técnicas e para as universidades. Ele lembrou que, em uma visita ao Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet) de Nova Iguaçu, há cerca de dois meses, tomou conhecimento de que a unidade tem uma série de produtos desenvolvidos em seus laboratórios e que ‘ninguém vai lá buscar’. Meier elogiou a abertura do diálogo, uma vez que existe realmente carência de mão de obra capacitada no estado. “É muito bacana saber que existe esse caminho, que a gente pode somar forças, procurar a subsecretaria para fazer parcerias. Isso ajuda muito”, disse.

COVID-19 INFLUENCIA ESCOLHA DOS CONSUMIDORES

Além de tratar das ações com foco na melhoria da mão de obra, o evento trouxe também a discussão de “Como a pandemia da Covid-19 influencia nas escolhas e valores dos consumidores”, tema da palestra de Lindice Thiengo, responsável pelo Data Analytics Office da Sul América.

Em sua exposição, a especialista apresentou uma visão geral de padrão de comportamento da sociedade durante a pandemia, mostrou mudanças que vieram para ficar e como as empresas podem se ajustar.

Segundo Lindice, alguns hábitos devem permanecer após a pandemia, o que pode ser uma oportunidade. Ela citou como exemplo as empresas de Tecnologia da informação e Comunicação (TIC) e o desenvolvimento de softwares, que continuarão em alta.

Algumas mudanças são transitórias e outras são mais definitivas, o que leva as empresas a terem que se ajustar de forma permanente, para não ficar fora do mercado. Por isso, para adaptar uma empresa à nova realidade, segundo a especialista, é preciso começar analisando uma grande mudança de hábitos para identificar produtos ou oportunidades de negócio.

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