Funcionárias de empresa terceirizada cobram salários atrasados

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VOLTA REDONDA

Dois meses de salário atrasado, décimo terceiro e metade do pagamento de janeiro sem receber. São essas as reivindicações dos funcionários do Grupo do Aço, composta pelas terceirizadas Via Result, Via Serven e Conservadora Cidade do Aço, que na manhã de ontem estiveram na Praça Sávio Gama, em frente ao Palácio 17 de Julho, em uma manifestação. Lembraram que, desde dezembro vem denunciando o descaso, mas que a te agora nenhuma providência foi tomada.

Os trabalhadores, na maioria mulheres, voltaram a denunciar que as terceirizadas, responsáveis pelo serviço de limpeza das escolas da Rede Municipal de Ensino, que dede o ano passado vem atrasando o salário, está agora há dois meses sem fazer o pagamento e sem quitar outros direitos. Disseram ainda que, foram informados por terceiros que o gripo está prestes a deixar o serviço, pois outra empresa já teria vencido a licitação para iniciar as atividades.

Informaram também que, sem explicações e informações concretas sobre as questões, elas decidiram ir para a praça manifestar.  “Estamos sabendo por terceiros, mas nem a empresa e nem a prefeitura nos informou de nada. Por isso, temos medo de que essa empresa entre no lugar da que estamos e ficamos sem receber nossos atrasados e outros direitos. Na verdade, não sabemos mais o que fazer. Não temos nenhuma informação concreta sobre a situação. E, além disso, não podemos reclamar, pois somos ameaçadas”, informou uma funcionária, que por medo de represália preferiu não se identificar. Ela declarou ainda que, a  ida delas à praça da prefeitura, ontem, teve como objetivo cobrar os direitos e buscar informações e solução para o caso.

Na praça, as manifestantes foram recebidas pelo Assessor de Comunicação Social da Prefeitura, Adriano Lizarelli, que se comprometeu levar as reivindicações para o prefeito Samuca Silva (Podemos). Em entrevista ao Programa Fato Popular, na Rádio 88 FM, o prefeito garantiu que está em dia com as terceirizadas. Disse que somente a dívida do governo passado não foi paga, mas as do seu governo estão em dia. Mas de acordo com os funcionários, não é o que as empresas alegam.

MANIFESTAÇÃO

Não é a primeira vez que os trabalhadores realizam uma manifestação em busca de seus direitos. Em dezembro do ano passado, as trabalhadoras tomaram o escritório do grupo, na Avenida Beira Rio. Na ocasião, a direção do grupo alegou que a Administração Municipal passada não estava fazendo o repasse do dinheiro para pagar os trabalhadores. Ainda na ocasião, o então Governo Municipal garantiu que não devia a nenhuma empresa. Só que, até aquele momento, somente o mês de outubro de 2016 foi depositado integral.

As funcionárias garantiram, na época que, devendo três meses de salário e outros direitos, a empresa só havia depositado, em dezembro, R$ 700 na conta, e em janeiro R$ 400, que segundo elas até hoje não sabem a que se refere. Até hoje, reclamam ainda que estão sem receber o décimo terceiro. “Antes falavam que o ex-prefeito Neto não pagava e agora coloca a culpa no atual prefeito. Esse garante que não deve a empresa nenhuma. Não sabemos mais a quem recorrer. Estamos trabalhando sem saber quando é que vamos receber. E se reclamamos somos ameaçadas”, contou outra trabalhadora.

Até o fechamento desta edição, prefeitura e representantes do grupo de empresas não responderam ao A VOZ DA CIDADE sobre a questão.

 

Foto: Tânia Cruz

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