Estudantes deixam de realizar Enem por falta de documentos e atraso em Volta Redonda

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Falta de documentos e atraso. Esses foram os dois motivos que impediram alguns estudantes, de Volta Redonda, a realizarem a segunda etapa da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no último domingo, 11. O fato foi acompanhado por alguns professores e conselheiros ligados ao Pré-Vestibular Cidadão do Movimento pela Ética na Política (MEP), entre eles José Maria da Silva, o Zezinho.
Os educadores e conselheiros disseram que, em diferentes colégios, acompanharam os alunos do Pré-Vestibular Cidadão com objetivo de encorajá-los na segunda etapa do Enem. No Instituto de Cultura Técnica (ICT), localizado no bairro Jardim Amália, por exemplo, os conselheiros disseram que, em meio aos abraços e os sorrisos de expectativas, sentiram firmeza, pois se tratou de um momento bonito de energia e de outros sentimentos. “Nenhum dos nossos alunos perderam a hora, mas isso não aconteceu com outros estudantes.
Disseram os professores e conselheiros que, com tristeza relataram o fato ocorrido às 12h56, quando faltavam 4 minutos para fechar o portão do ICT, eles passaram a contar o tempo que faltava em voz alta. “Perto das 13 horas, dois candidatos atrasados entraram no sufoco. Portão fechado, eis que surge na curva da rua um jovem correndo. Incentivamos a corrida, gritamos para os fiscais, eles viraram-se e reabriram após 10 segundos. O jovem entrou tremendo.
Logo em seguida, seguida, duas alunas saem de dentro do colégio. O motivo era a falta de documentos de identidade. Para elas não deu. Mais surpresas, após três minutos surgem outros dois candidatos apavorados correndo, tensos e gritando para esperar, e também para eles não deu. O portão definitivamente fechou. Os meninos alegaram atraso do ônibus”, destacou Zezinho.
O conselheiro informou que ainda conversou com um dos candidatos atrasados. Nilson Junior da Silva informou que, é o seu quarto Enem. Em meio a sua angustia e bastante emocionado, disse que perdeu a prova, mesmo assim desejou muito sucesso para os que conseguir fazer o Exame.
PROFESSORES E ALUNOS COMENTAM PROVA
“Acreditar. Bem, agora foi lembrarmos dos ensinamentos para que os esforços não tenham sido em vão. Lembramos com calma das aulas e a dedicação dos professores do MEP e demos o nosso melhor”, declarou a aluna do Pré do MEP, Shalana Sany. Disse ainda que, ela e os colegas de curso merecem a vaga, mas que deseja sucesso para todos os que fizeram a prova. Ela é uma das candidatas à vaga para medicina.
Na sala do MEP, os professores e educadores falaram com alguns alunos e professores ligados ao MEP sobre a prova de matemática e ciências da natureza. Para Amanda Campos, candidata à vaga de química, a prova foi puxada. “Prova cansativa, exigiu mais força psicológica. Estava puxada, porém nada muito fora do padrão”, declarou esperançosa. Para Julia Roberta, que optou pelo jornalismo, o exame estava em nível mediano. “Estava em nível mediano, apesar da dificuldade e pouco tempo, me surpreendi em conseguir solucionar questões”, relatou animada.
O professor Paulo Ricardo Ramos Cardoso, da área de matemática e raciocínio lógico, em sua análise, que chamou de preliminar, declarou que o exame pareceu como os anteriores, porém menos contextualizado. “Mais pobre neste sentido. Cobraram mais fórmulas, decorebas. Ficou mais com cara do vestibular tradicional, que a prova do Enem vinha derrubando”, opinou o professor.
O professor de química e mestre na área de engenharia de produção, Thiago Cirne, ponderou sobre as questões de químicas. “A prova ficou dentro do padrão esperado no que diz respeito ao conteúdo cobrado pelo Enem. Entre eles o processo de separação de misturas, eletrólise e propriedades da matéria. Foi mais elaborada do que a dos anos anteriores. Nos cálculos se aproximou do padrão Fuvest”, declarou. Por fim, a professora de física, Vitória de Macedo, avaliou. “As questões estavam relativamente tranquilas. Em sua maior parte foram questões de interpretação que cobraram a física de uma maneira mais conceitual. Usaram uma abordagem que envolveu Ciência, Tecnologia e Sociedade. As questões estavam, sim, em nível mais elevado do que as dos anos anteriores”, ponderou a professora.

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