Dia das Mães divide vendas nas lojas físicas e no e-commerce

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SUL FLUMINENSE

As vendas no comércio para o Dia das Mães teve queda em todas as cidades em virtude da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), como era esperado por entidades representativas do setor. O Instituto Fecomércio RJ (IFec) chegou a divulgar que haveria reduções tanto no gasto médio com presentes baixando de R$ 155,9 (2019) para R$ 143,6 (2020) como no número de consumidores fluminenses que pretendiam presentear na data, reduzindo de 10,2 milhões (2019) para 7,1 milhões (2020), respectivamente. Mesmo assim, o estudo apontava que o volume de compras no comércio movimentaria R$ 1 bilhão na economia do estado do Rio de Janeiro.

Já o levantamento feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelava que 68% dos brasileiros pretendiam presentear no Dia das Mães. O número era o menor dos últimos três anos, reflexo da crise econômica causada pela pandemia reduzindo a renda familiar. A CNDL/SPC Brasil também previa que a internet seria o local de compra de mais da metade dos entrevistados (53%), gastando o valor médio com presentes até R$ 188.
Na região, as Câmaras de Dirigentes Lojistas das cidades que tiveram a flexibilização nas atividades do comércio varejista antes do Dia das Mães registraram vendas abaixo do habitual.

Em Barra Mansa, o presidente da CDL-BM, Leonardo dos Santos, afirmou que as vendas para o Dia das Mães de 2020 representaram cerca de 30% a 40% do que se vendia na mesma data dos anos anteriores. “Mas tivemos sim algumas vendas e o lado positivo de ter o comércio funcionando nos que antecederam a data. Mas os números foram nesta faixa”, aponta o empresário, acrescentando que houve um considerável aumento nas vendas on-line e por delivery. “A gente pôde perceber este aumento e creio que o próprio consumidor esteja se adequando a este novo hábito de comprar de forma on-line”, disse, observando que o crescimento neste modo de venda foi de 60% a 70%.

A CDL-BM acrescenta ainda, que no geral, as vendas do comércio nacional para o Dia das Mães recuaram 41% em 2020, na comparação com 2019, segundo levantamento do Boa Vista. A instituição atribui o cenário fraco diante dos anos anteriores devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, o novo coronavírus.

DELIVERY

Em Volta Redonda, a flexibilização nas lojas físicas do setor varejista teve início nesta segunda-feira, dia 11, data posterior ao Dia das Mães. Entretanto, como em outras localidades, muitos comerciantes exploraram as vendas delivery e também on-line. Segundo a CDL-VR, ainda é precoce mensurar projeção oficial de vendas no Dia das Mães neste segmento. A entidade informou que nem todas empresas comunicaram seu balanço de vendas com entregas e a estimativa é de pelo menos 30% do comércio explorou o serviço. Existe a perspectiva de que as vendas subiram 40% para quem adotou a entrega em domicilio.

Nas Agulhas Negras, a CDL Itatiaia Resende comunicou que o movimento no comércio está em torno de 30% a 35% menor que o habitual desde o início da flexibilização do setor varejista, atuando de segunda a sexta-feira, entre 12 e 18 horas. Segundo o presidente da CDL Itatiaia Resende, Victor Sauerbronn Gonçalves, esta projeção foi a mesma da semana de véspera do Dia das Mães. “Com um fluxo em horário reduzido e não podendo abrir ao sábado mantemos nossa contrapartida e o comprometimento do comércio para ao menos manter os negócios ativos. O objetivo não é o lucro e sem receita alguma não tem como sobreviver. Não temos um dado específico, mensurado de vendas, inclusive do setor de delivery. Ressalto que o trabalho das entidades que representam o comércio, junto com a prefeitura, visa manter as lojas abertas e ter a economia com o mínimo necessário para sobreviver”, afirma.

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