Desde as ameaças prefeito de Porto Real está com segurança particular e com carro blindado

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PORTO REAL

Como o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) detalhou no processo aberto contra quatro homens suspeitos de tentarem extorquir R$ 2 milhões do prefeito Ailton Marques (PDT), as tentativas começaram no dia 24 de abril deste ano. Fonte do A VOZ DA CIDADE, informou que desde então, o chefe do Executivo porto-realense tem tomado algumas precauções com relação a sua segurança e a de sua família. Ele está com seguranças particulares, carro blindado e solicitou escolta ao governador Wilson Witzel. “Ele não teve outra alternativa, ou denunciava ao MP ou morria, e ainda corre esse risco”, disse a fonte.

Segundo documento do MPRJ, o prefeito foi chamado no escritório de Adriano Arlei Serfiotis, que está preso, no dia 24 de abril, com a justificativa de que um empresário queria investir na cidade. No local estavam mais cinco pessoas, entre elas, os três denunciados de Duque de Caxias.  Nesse momento, segundo investigação, foi cobrada de Ailton uma dívida no valor de R$ 2 milhões, da campanha eleitoral de Jorge Serfiotis, que faleceu em 2017. Ailton estava na chapa como vice-prefeito, mas disse que não tinha conhecimento da dívida e nesse momento foi ameaçado de morte pelos presentes se não pagasse. Até com arma de fogo. Segundo depoimento, o prefeito ficou em cárcere privado uma hora e dez minutos.

Uma semana depois, no dia 2 de maio, um helicóptero pousa no pátio da prefeitura, com três homens querendo falar com Ailton Marques. Esperaram na prefeitura para serem atendidos quando um funcionário viu uma arma. Chamou a polícia e os levaram. Depois de um tempo a polícia se manifestou dizendo que tudo não tinha passado de um mal entendido, pois um deles era empresário e queria falar com Ailton sobre investimentos na cidade. Mas as investigações estavam em curso e esses mesmos homens, dentre eles, um policial civil e outro militar, já estavam sendo investigados.

Nesse momento também o sigilo telefônico do prefeito estava quebrado. Há gravações de Ailton ser cobrado novamente da dívida e ameaçado por um dos homens, um policial militar de Duque de Caixas. Há uma longa conversa gravada.

SIGILO TELEFÔNICO

Foi solicitada no mandado de prisão dos envolvidos determinado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, a quebra de sigilo telefônico de Adriano e dos envolvidos. A investigação do Ministério Público quer saber se a dívida de R$ 2 milhões existia realmente e a quem era devido. “Pode ser que não exista dívida e eles queiram esse valor, mas pode ser que tenha uma outra pessoa por trás da história”, diz a fonte ao jornal.

PRISÃO

Adriano Serfiotis é filho de Jorge Serfiotis. Ele foi preso na última quarta-feira e transferido na quinta-feira para a cadeia pública de Volta Redonda. Ainda não há informação sobre a prisão de outros três homens de Duque de Caxias. Os mandados seriam para Halysson Guilber Muri de Freitas, Michael Cardoso Santana e Rodrigo Costa Caldeira.

Mais uma vez, o A VOZ DA CIDADE procurou o advogado de Adriano Serfiotis, mas não foi localizado para falar. O prefeito Ailton Marques também foi procurado, mas não respondeu os questionamentos.

NOTA A IMPRENSA DA PREFEITURA

Em referência ao episódio de tentativa de extorsão ao prefeito de Porto Real, que resultou na decretação de prisão preventiva de Halysson Guilber Muri de Freitas, Michael Cardoso Santana, Rodrigo Costa Caldeira e Adriano Arlei Serfiotis, pela Juíza Priscila Dickie Oddo, da Vara Única da Comarca de Porto Real, a Prefeitura Municipal de Porto Real vem informar que:

  • Conforme narrado na denúncia do Ministério Público Estadual, no dia 24 de abril, o prefeito Ailton Marques foi convidado pelo empresário Adriano Serfiotis para uma reunião em seu escritório sobre um projeto de uso de energia solar para o município.
  • Lá chegando, percebeu que o propósito do encontro era outro e se viu cercado por um grupo de homens armados que exigiam R$ 2 milhões, sob alegação de que este dinheiro fora destinado à campanha eleitoral. Estes homens impediram sua saída do recinto até que concordasse com o pagamento. O prefeito Ailton Marques desconhecia estas pessoas, que se apresentaram como “credores”, assim como a existência de tal “dívida”.
  • Esta ação foi narrada ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, que iniciou as investigações. O MP orientou o prefeito que reforçasse sua segurança pessoal, informasse sobre qualquer novo contato com os denunciados, além de determinar completo sigilo sobre o caso.
  • No dia 2 de maio, o mesmo grupo, com exceção do empresário Adriano Serfiotis, retornou ao município na tentativa de um novo encontro com o prefeito Ailton Marques na sede do Executivo Municipal. Conforme orientado, prefeito informou às autoridades policiais, que fizeram a abordagem, constataram porte de arma de fogo e encaminharam o grupo para a 100ª Delegacia, em Porto Real. Posteriormente todos foram liberados.
  • Desde então o prefeito Ailton Marques aguardava o desfecho das investigações.

1 comentário

  1. Ta explicado… o pq da iluminação na entrada da cidade que liga a bulhoes…prefeito gastou dinheiro da cidade para se proteger e proteger sua familia… e nao para proteger os municipes…quem tem C… tem medo!!!
    ONDE HA FUMAÇA… HA FOGO …

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