Construção de Angra 3 deve gerar sete mil empregos diretos e 20 mil indiretos

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ANGRA DOS REIS

Durante a 8ª Conferência Cidades Verdes, realizada no Centro de Convenções da Firjan, hoje, 18 o presidente da Eletronuclear, Eduardo Grand Court, disse que estão trabalhando com empenho para concluir Angra 3. Ele apontou que a construção da terceira usina nuclear deve gerar sete mil empregos diretos e 20 mil indiretos, movimentando recursos na ordem de R$ 20 bilhões. O presidente reforçou a matriz energética de baixa emissão de carbono no país.

A 8ª Conferência Cidades Verdes, foi realizada no Centro de Convenções Firjan, foi realizada em dois dias, 17 e 18, pelo Instituto Onda Azul, em parceria com a Firjan. O objetivo foi discutir o futuro da água e da energia diante das mudanças climáticas.

Presidente da Eletronuclear – Foto: Marcelo de Jesus-Cidades Verdes

Ainda no discurso do presidente da Eletronuclear, o presidente ressaltou a baixa emissão de carbono na produção de energia nuclear, o que tem levado a diversos países a retomarem a construção de usinas. Apontou que a França tem 14 unidades em estudo e há projetos de retomada em outros países como Estados Unidos e também na Europa. “A energia nuclear emite apenas 12 gramas de carbono por Kilowatts/hora, sendo comparável apenas à energia eólica, enquanto outras fontes chegam a emitir 400. É uma geração de baixo carbono, e por isso o mundo inteiro discute esse caminho para a transição energética”, afirmou o presidente da Eletronuclear.

Eduardo Grand Court ainda apontou que a operação de Angra 1 e Angra 2 nunca causou problema grave à população, ao meio ambiente ou aos trabalhadores. Além disso, o complexo possibilita o desenvolvimento do hidrogênio como fonte de energia. “Nós já produzimos hidrogênio para a usina, temos muitos estudos, e agora vamos partir para o estudo de viabilidade técnica e econômica para produzir hidrogênio em quantidade suficiente para gerar energia”, afirmou.

O  engenheiro responsável pelo projeto de hidrogênio da Eletronuclear, Nelri Ferreira Leite disse na conferência que, atualmente, o estado brasileiro que está “capitaneando a revolução do hidrogênio” é o Ceará, que tem o Complexo Industrial e Portuário de Pecém e faz parceria com o porto de Roterdã, na Holanda, com investimento de 5 bilhões de euros no ciclo do hidrogênio. “Hoje, a grande vedete do hidrogênio limpo está no Nordeste”, disse Nelri, que apresentou detalhes sobre a fase em que se encontram os estudos de produção de hidrogênio nas usinas de Angra.

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