Comissões da Alerj discutem criação de um cluster marítimo no estado

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ESTADO/ANGRA DOS REIS

As Comissões de Indústria Naval, de Offshore e do Setor de Petróleo e Gás e de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizaram na última segunda-feira, realizaram uma audiência pública para discutir a criação de um cluster marítimo (polo tecnológico) com representantes de universidades públicas e instituições científicas do estado. Na reunião, o diretor-presidente da Empresa Gerencial Projetos Navais (Emgepron), almirante Edésio, apontou que o setor naval brasileiro pode gerar centenas de empregos diretos até 2030.
“O Rio de Janeiro tem tudo para se transformar em um dos principais pontos mundiais do desenvolvimento da economia do mar. Não há outro lugar no mundo que tenha tanto potencial. Pretende-se que, em 2030, a economia do mar contribua com um valor agregado de três trilhões de dólares, o que representa cerca de 5% a 6% na economia global. Além disso, a expectativa é de gerar centenas de postos diretos de trabalho, além dos empregos indiretos”, afirmou o almirante, enumerando ainda os pontos potenciais do Rio para se consolidar um cluster marítimo.

Foi sugerida ainda pelo diretor da Emgepron a criação de uma “Autoridade para Desenvolvimento da Economia do Mar”. Segundo ele, o órgão poderia ser instituído na estrutura da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Industrial, com objetivo de conduzir, de maneira integrada e coordenada, as questões de exploração do potencial marítimo do estado do Rio de Janeiro.
Presidente da comissão, a deputada Célia Jordão (Patriota) destacou o empenho em buscar interlocução com o Executivo e outros órgãos para a formação da governança colaborativa para impulsionar o setor. “Estamos ampliando as discussões sobre investimentos em infraestrutura e qualificação do mercado, com o objetivo de promover uma grande união em prol da retomada do crescimento do setor naval. Vamos agendar uma reunião com o governador Cláudio Castro para discutir medidas de desenvolvimento para o setor da indústria naval e offshore”, afirmou Célia Jordão.
O economista e diretor da Assessoria Fiscal da Alerj, Mauro Osório, frisou a importância de estabelecer uma organização para enxergar oportunidades para o desenvolvimento econômico do Rio.  “Precisamos trabalhar de forma sistêmica. As forças armadas têm uma presença muito forte no estado, e praticamente não há interação entre as lideranças estaduais e as forças armadas. Hoje, 80% dos fornecedores da Petrobras estão fora do Rio, então precisamos enxergar grandes oportunidades para a economia. Ainda temos o Fundo Soberano Estadual, que foi criado justamente com esse objetivo, e vamos discutir como podemos usar esses recursos para estruturar a economia fluminense”, comentou.

 

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