Cem anos da Semana de Arte Moderna é comemorada com exposição no MAM de Resende

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RESENDE

A exposição “100 anos da Semana de Arte Moderna de 22: O que importa é a confusão” pode ser visitada até o próximo dia 25, no Museu de Arte Moderna (MAM) de Resende. O horário de visitação da mostra, que é promovida pela prefeitura, por meio da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, de segunda a sexta-feira, das 11 às 17 horas. O MAM fica na Rua Doutor Cunha Ferreira, nº. 104, no Centro Histórico da cidade. A entrada é gratuita.

A diretora do MAM, Carmem Aguiar, explica a importância do movimento cultural no País, destacando sua história e expressividade no mundo ocidental. “A chegada da arte moderna ao Brasil colocou as pessoas em sintonia com o que estava acontecendo na esfera artística no mundo ocidental. A Semana de Arte Moderna de 22 é a marca histórica do início do modernismo no país, referência cultural do século XX”, disse Carmem. Ela ainda destacando que a “Semana de Arte Moderna” alavancou uma renovação da linguagem artística, na busca de experimentação, liberdade criadora, ruptura com o passado e até corporal, pois a arte passou a ser moderna, chocando parte da sociedade ao trazer uma nova visão sobre os processos artísticos. “O evento, que ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, foi a manifestação cultural de extrema relevância. O movimento fez o papel de divulgação da arte moderna, que, por sua vez, cultivou o terreno para a consolidação de uma revolução artística e literária que tomou forma após 1922, quando foram lançados os manifestos de Oswald de Andrade e as obras fundamentais do Primeiro Modernismo brasileiro”, salientou.

A exposição conta com grandes nomes da Arte Moderna, não necessariamente as obras que estão expostas são as que participaram da exposição de 22. “O primeiro bloco corresponde à década de 1920, com nomes que estavam presentes no evento. O segundo módulo seria a continuação da semana, que não termina em 22, porque o modernismo está subdivido em duas fases: a primeira referente aos Movimentos Pau-Brasil e Antropofágica; e a segunda fase de caráter social, década de 30, em que a obra representa o trabalhador, o agricultor, o retirante. O último módulo intitulado ‘A Semana que não terminou’ mostra como o artista, ainda hoje, relaciona-se com a arte moderna, como se encaixa nesse processo iniciado em Novecentos e que não terminou”, informou a curadora da mostra, Sônia Siqueira, acrescentando que o acervo do MAM de Resende é simplesmente fantástico. “A população poderá prestigiar obras de Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Iberê Camargo, Aldo Bonadei, Guignard, Santa Rosa, Goeldi e vários nomes ligados às diversas fases do modernismo”, complementou.

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