Candidatos à Prefeitura de Volta Redonda se encontram novamente em debate na televisão

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VOLTA REDONDA

Doze candidatos a prefeito de Volta Redonda participaram na noite desta quarta-feira, 11, na Band, do último debate antes das eleições deste domingo, 15. Em Volta Redonda é possível que tenha segundo turno. A cidade conta com 14 candidatos. Não participaram Mônica Teixeira (PSTU) e Luiz Eugênio (PCO). Esse último foi indeferido e está com recurso. Ambos estão em partidos que não têm representação no Congresso Nacional, por isso, não puderam participar. Diferente do primeiro debate, os ataques aconteceram com mais frequência e de forma mais direta, efetivamente contra Samuca Silva (PSC), atual prefeito.

E logo no primeiro bloco um embate. O ex-prefeito Baltazar, candidato do PSD questionou a Samuca porque o Hospital São João Batista está pedindo socorro após a retirada da OS, agora com a falta de remédios e anestesia. O atual prefeito lembrou que pegou a cidade com quatro mil RPAs e era uma questão a ser resolvida de forma rápida e, por isso, a OS foi contratada. Samuca falou sobre o que já fez, como zerar a fila da mamografia, comprou o Santa Margarida, abriu a clínica da diálise, dentre outros. Sobre o HSJB, o atual gestor disse que está em transição da saída da OS e fará uma gestão municipalizada.

O mesmo tema foi questionado por Baltazar a Cida Diogo (PT). Ele lembrou do que falta no hospital e Cida disse que isso não acontece apenas lá, mas em toda a rede pública. “Precisamos ter capacidade para administração e eu me orgulho muito de quando assumi a Secretaria de Saúde peguei toda a área quebrada e no HSJB vou trazer novamente a Sueli Pinto para administrar, que transformou e deixou o local uma referência na região. A saúde será prioridade em nosso governo”, destacou.

Samuca Silva chamou Neto (DEM) para o embate e falou sobre geração de emprego e renda. Segundo ele, em seu governo foram gerados seis mil empregos. Neto atacou o atual prefeito dizendo que ele conta que fez muitas coisas, mas elas foram feitas em seu governo. “Sobre o Shopping Park Sul, gera sim três mil empregos, mas não foi você que construiu, pegou pronto. Lamento chegar a conclusão que você não fez nada em quase quatro anos. Nunca vi um político tão cara de pau como você”, atacou Neto. Samuca disse que Neto não respondeu e elencou que ano que vem serão gerados 3,5 mil empregos no setor metalmecânico e fará de Volta Redonda o maior centro comercial da América Latina.

INDEFERIMENTO

Cida Diogo chamou o Neto para a pergunta e foi direta. Questionou sobre seu processo na Justiça que ainda não conseguiu registro de candidatura. Neto destacou que não há nada contra ele em quatro mandatos e que há um julgamento para ser terminado no TRE, pode entrar com embargos, ainda recorrer ao TSE e fazer mais embargos. “No julgamento no TRE, quatro desembargadores já se posicionaram contrários, faltando apenas dois. As contas do ex-prefeito tiveram orientação para reprovação no TCE e foi seguida pela câmara. O candidato pode sim recorrer, mas corre o risco da eleição ser anulada”, apontou. Imediatamente Neto disse que não seria isso e garantiu que assumirá se eleito. O julgamento cabe a Justiça.

SÁUDE, CENTRO DO DEBATE

Alguns temas foram discutidos, em termos de propostas, como a saúde. Alex Martins, do PSB, questionou a Granato (Solidariedade) o que ele faria com o Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF). O candidato apontou que se tem saúde e emprego o restante se resolve. Disse que planeja focar na prevenção, fazendo mutirões, acabando com OSs e contratando médicos, principalmente zerando a demanda reprimida. Alex disse que implantará saúde 24 horas em seu governo, humanizando e tornando o atendimento mais barato já que os hospitais ficarão mais vazios “O Nasf é uma política simples, moderna e eficiente, que faz com que a família tenha atendimento na ponta”, afirmou o candidato.

Sobre o mesmo tema, Granato perguntou a Ademar Esposti, candidato a vice de Dayse Penna (Pros), que está com Covid-19, o que ele faria para resolver a situação da demanda reprimida. O candidato a vice apontou que a saúde de Volta Redonda está doente e é preciso resolver esse problema. Granato reafirmou que a solução é realizar mutirões de saúde para acabar com as grandes demandas.

DEMAIS TEMAS

O tema de violência por conta de drogas na cidade foi levantado por Ademar Esposti. Ele perguntou a Cida Diogo o que fazer e ela mencionou a instalação de um gabinete integrado de gestão, envolvendo secretarias e forças de segurança. “A segurança pública será prioridade e faremos um trabalho nas escolas para atingir o aluno que possa se envolver com droga. Queremos uma segurança voltada para combate às drogas”, destacou Ademar.

A falta de mulheres na política, no debate apenas duas estavam como candidatas foi um assunto levantado por Cida a candidata do Psol, Juliana Carvalho. Ela disse que atualmente não há serviços em Volta Redonda voltamos para o que a mulher necessita, como os conselhos, por exemplo. Ela pensa em estudar a viabilidade da criação da Coordenadoria da Mulher, atuando em todas as demais secretarias porque as necessidades das mulheres estão nas mais diversas áreas. “Precisamos ainda tratar de creche em tempo integral, combate ao machismo e ainda trabalhar esses temas dentro da escola”, completou a candidata.

O candidato a prefeito Professor Habibe (PCdoB) questionou ao candidato do Republicanos, Hermiton, o que deu errado nesse governo e foi respondido que dentro do período de pandemia o que mais teria sido errado foi o fechamento do comércio. “Mais de 600 negócios não foram reabertos e a economia se esvaiu. Ele apontou que faria diferente e cita que a cidade não tem estrutura para novo fechamento.  Hermiton questionou a Evandro Glória (Cidadania) o mesmo e Evandro disse que é necessário desenvolver projetos de geração de emprego e renda no período de pós-pandeia e priorizar o microempreendedor, criando ainda ações para economia criativa e solidária, além de receber novos empresários, diminuindo a burocracia.

Questionado por Samuca Silva sobre o que faria pelo meio ambiente, o Professor Habibe disse que a área é esquecida na cidade há pelo menos 20 anos. Citou que existem mecanismos para compensar as cidades que investem no meio ambiente. “Se tivéssemos trabalhando reciclagem de resíduos, o reflorestamento, teríamos retorno porque é uma área que não é custo, é investimento e retorno rápido”, ponderou.

O candidato do Avante, Benevenuto, foi questionado por Evandro sobre quais projetos tem para a juventude. Ele citou que as ações são transversais e passam por cultura, esporte, ensino técnico, profissionalizante e acesso à universidade. Pretende trabalhar com jogos estudantes, acesso aos meios de cultura, ensino técnico e depois a inovação.

 

 

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