Botijão de gás de cozinha fica 12,2% mais caro

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SUL FLUMINENSE

A Petrobras anunciou o reajuste de 12,2% para o gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial, o chamado gás de cozinha, vendido em botijões de até 13 quilos. O aumento foi decidido pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp) da empresa e já começa a vigorar hoje.

Segundo a Petrobras, o Gemp considerou para efeito de ajustes nos preços do gás para uso residencial o cenário externo de estoques baixos, além dos reflexos de eventos climáticos, como o furacão Harvey, na maior região exportadora mundial do produto, que é a cidade de Houston, no Texas, Estados Unidos, cujos terminais permanecem fora de operação, o que afeta o mercado internacional. Com a menor disponibilidade de gás, os mercados consumidores, inclusive o brasileiro, sofreram aumento de preço.

A estatal afirmou, entretanto, que o reajuste aplicado “não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional”. O Gemp fará nova avaliação do comportamento do mercado no próximo dia 21.

De acordo com o gerente de uma distribuidora de gás em Barra Mansa, Aldemir Ferreira, o local onde trabalha ainda não recebeu o comunicado oficial, mas prevê que o aumento seja repassado ao consumidor apenas na próxima segunda-feira. “Acabamos de comprar um carregamento pelo preço antigo, o percentual anunciado gera um aumento entre R$ 3 e R$ 5. O valor que recebemos é o que passamos ao consumidor sem aumentar nosso lucro”, destaca o gerente, informando que o local faz promoções, dá brindes e uma raspadinha com descontos, tudo para fidelizar o cliente.

Outro gerente, Cláudio André, fala que já recebeu o comunicado e que já repassará aos consumidores imediatamente. “Se o carregamento vier com aumento, será repassado. São quase R$ 4, mas Barra Mansa é a cidade que vende o gás mais barato da região. Nossos custos são altos, são funcionários, carros, espero que a comunidade entenda”, cita o gerente.

A Petrobras reajustou também os preços de venda às distribuidoras do GLP destinado aos usos industrial e comercial. O aumento médio de 2,5% entra em vigor nesta quarta-feira.

Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) estimou que o reajuste para o gás residencial ficará entre 11,3% e 13,2%, de acordo com o polo de suprimento.

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