Barranco cai em residência no bairro Vila Maria

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BARRA MANSA

Com o acúmulo de água ocasionado pelas chuvas constantes na região e com o forte temporal registrado ontem, dia 9, em Barra Mansa, parte de um morro deslizou e atingiu um imóvel localizado no bairro Vila Maria. Segundo a proprietária da residência, Silva Regina de 56 anos, a Defesa Civil esteve no local na manhã desta quinta-feira, dia 10, e identificou que a cozinha e a varanda haviam sido atingidas. Porém, por não poder interditar somente os cômodos afetados e tendo em vista a possibilidade de chuva para os próximos dias, e o possível desabamento da parede afetada, foi decretada a interdição total do imóvel.

O A VOZ DA CIDADE esteve no local em contato com a proprietária e a mesma informou que apesar da determinação não iria sair, alegando não ter para onde ir. A casa contém dois andares e é habitada por cinco pessoas, incluindo crianças.“ Eles (Defesa Civil), não falaram nada sobre o segundo andar. Só solicitaram que eu não utilizasse os cômodos que foram afetados. Eu informei que não iria sair por não ter para onde ir e solicitei a eles que tomasse alguma iniciativa para colocar uma calha no morro e evitar que a água se acumulasse, molhasse a terra e descesse”, de acordo com ela, teria uma calha no morro que ajudava no escoamento da água, porém  quebrou e isso estaria colaborando para maiores danos com a chuva.

Essa não é a primeira vez que Silva e a família sofrem com transtornos. Faz dez anos que construíram a residência e já passaram por danos parecidos três vezes. “Há dez anos, eu fiz um muro na parte de trás da casa, no pé do morro. Porém, esse muro desabou todo no meu quintal com o peso da terra descendo. Com muito custo conseguimos retirar a terra que acumulou para evitar maiores danos”, informou.

Para evitar que ocorresse o acumulo de terra que poderia acabar atingindo a casa, Silva construiu um outro muro no mesmo local há seis meses. Porém a moradora afirmou que deveria ser feita novamente a canaleta no morro para não evitar futuros desastres. “Agora pretendo tirar a terra para deixar a água correr. Entrei em contato com a prefeitura para colocar também a canaleta no morro, mas não tive retorno”.

O jornal entrou em contato com a prefeitura para saber em relação ao serviço solicitado e foi informado que a prefeitura não pode intervir em terreno particular, e à área que se refere ao morro é responsabilidade da rede ferroviária. Pontuando ainda que quando a Defesa Civil interdita uma moradia e o proprietário escolhe continuar na propriedade, o mesmo assina um documento de responsabilidade. Além disso, a equipe oferece alternativas, como o aluguel social, para as pessoas que afirmam não ter para onde ir.

OUTROS CASOS

O jornal A VOZ DA CIDADE foi informado pela prefeitura, que outros dois imóveis localizados no bairro Vila Nova, nas ruas Santa Luzia e José Loest, também foram interditadas na manhã desta quinta-feira, devido o deslizamento de terra e os moradores optaram por irem para casa de familiares.

O córrego no distrito de Floriano transbordou e também houve registro de deslizamento de terra em alguns pontos do local. Após o período de estiagem, na noite desta quarta-feira, 9, equipes de diversas secretarias da prefeitura foram às ruas para acompanhar a situação. De acordo com o levantamento da Defesa Civil, na última noite choveu 83 milímetros e o nível do Rio Paraíba do Sul atingiu 3,00 metros. Para que haja o alerta técnico, o rio precisa chegar aos 3,50 metros.

A prefeitura informou também que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) segue com os serviços de limpeza e remoção de lama nas ruas da cidade. As equipes se dividiram nos bairros Colônia Santo Antônio, Boa Sorte, Nova Esperança e Vista Alegre. Até o momento, o efetivo removeu aproximadamente 240 toneladas dos materiais.

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