Barra Mansa: Feirantes driblam bloqueios nas estradas usando carros de passeio

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BARRA MANSA

Nove dias após o início da paralisação dos caminhoneiros que afeta o abastecimento de combustíveis e mercadorias em todo o país, feirantes e produtores rurais têm conseguido driblar o bloqueio utilizando carros de passeio. O feirante Lucas Fonseca foi um deles. Ele explicou que ele e o pai trouxeram 120 caixas de morango usando carros de passeio. Ele revelou que a carga vinha de Estiva, no Sul de Minas Gerais, mas ficou presa no bloqueio formado pelos caminhoneiros. “A gente só conseguiu passar porque usamos carros de passeio e não viram os produtos, porque estavam parando tudo. A procura tem sido grande, inclusive tentamos manter o máximo o preço; antes era R$ 4 e agora estamos fazendo a caixa a R$ 5”, revelou o feirante.

O gestor da Associação de Produtores e Familiares de Santa Rita e Região (APFAM), Almir Almeida, explicou que os produtores já têm conseguido abastecer alguns pequenos mercados, sacolões e feirantes em Barra Mansa e Volta Redonda. “No início não conseguíamos fazer o transporte, inclusive havia manifestantes nas estradas da região para impedir a saída e o escoamento da produção. Agora já conseguimos fazer o abastecimento desses locais menores usando carros de passeio em Barra Mansa e Volta Redonda, mas em outras cidades como Resende, Itatiaia, e na Califórnia (Barra do Piraí), ainda não é possível, pois há manifestantes nas estradas”, comentou Almir.

Ainda segundo o gestor da APFAM, a produção diária dos 137 produtores associados é de aproximadamente 50 toneladas de alimentos por dia. O prejuízo por deixarem de vender hortaliças, verduras e legumes chega a R$ 80 mil diariamente. Apesar disso, Almir lembrou que os produtores têm se planejado para evitar perdas. “Tivemos prejuízos com produtos somente na terça-feira, logo após o início da manifestação, mas houve a maioria doou, inclusive para moradores aqui do distrito. Depois eles mesmos começaram a evitar colher, porque quando a hortaliça ainda está no pé tem maior durabilidade”, disse, informando que mais de dois mil pés de alface já haviam sido distribuídos.

 

 

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