Audiência pública trata sobre constantes enchentes em Floriano devido a obra realizada na Dutra

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BARRA MANSA

Uma audiência pública para debater a situação do distrito de Floriano diante das chuvas deste ano foi realizada na noite de quarta-feira. A pedido da vereadora Fernanda Carreiro (PT), que presidiu a sessão, a reunião deu voz para os moradores. Foram quatro representantes dos locais mais afetados pelas chuvas que tiveram voz. O principal problema é devido a uma obra realizada pela CCR RioSP, que tem escoado a água da chuva praticamente toda para dentro do distrito. Nenhum representante da concessionária que administra a Rodovia Presidente Dutra participou.

Além da comunidade do distrito que lotou o plenário, vereadores estiveram presentes, assim como o procurador da prefeitura, César Catapreta, o secretário de Governo, Luiz Furlani, representantes do Saae e da Secretaria de Meio Ambiente.

Foi mencionado pelo procurador do município que estão esperando o resultado de uma liminar que a prefeitura impetrou contra a concessionária, onde é solicitada obra imediata no local.

Para a vereadora, a reunião foi positiva. “A comunidade esteve representada e pode ter voz. Passar os problemas que não são apenas devido a obra da CCR, mas também de reivindicações de anos. A opinião dos moradores é que estão abandonados. Se sentem desamparados pelo governo municipal”, disse.

Os moradores que tiveram voz na audiência representavam áreas do distrito. Tinham representantes da área central, da Fazenda do Salto e do Jardim Primavera. Cleide foi uma das que usou a palavra. Lembrou que estão enfrentando problemas de enchentes desde 2020. “A comunidade se uniu para lutar pelos seus direitos fundamentais. Além dos problemas usuais, temos agora o principal que é essa obra realizada que não tem afetado apenas o centrinho do retorno, mas também Pombal, Vila dos Remédios, Fazenda do Salto, Jardim Primavera. Não foi feito um estudo sobre o impacto dessa obra. As consequências desses alagamentos são várias, atinge o comércio, tira nosso direito de ir e vir, tira pessoas de suas casas próprias para morarem de aluguel”, disse, completando que o distrito está abandonado.

O morador da Fazenda do Salto, Paulo Henrique, fez coro as afirmações de Cleide, dizendo que esperam por ações efetivas há 25 anos. “O Salto existe e não é composto de pessoas sem terra, são moradores de Barra Mansa. Muitos alegam que é uma área federal, mas precisamos ser vistos como pessoas que moram na cidade. Hoje o Salto tem agricultura, pecuária. São mais de 300 litros de leite produzidos para a cidade”, destacou.

Foi elaborado um documento com todas as necessidades do distrito para que a prefeitura possa trabalhar para o atendimento a essas reivindicações, que vão desde manutenção de ruas, rios assoreados, transporte público, falta de coveiro no cemitério, dentre outras.

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