Audiência Pública na Câmara de Vereadores de Volta Redonda discute sobre pátio de escória da CSN

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A Audiência Pública realizada na noite desta quinta-feira, 12, na Câmara de Vereadores de Volta Redonda , atraiu a participação de um grande público. No encontro, que foi aberto pelo presidente da Casa, Washington Granato (PTC), foi discutido vários pontos sobre o pátio de escória da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que voltou a garantir que o material, alojado pela empresa Harsco Metals, no Brasilândia, não oferece riscos à saúde da população e muito menos ao meio ambiente.

Convocada pela Comissão Especial do Legislativo Municipal, formada pelos vereadores Rodrigo Furtado, como presidente, Edson Quinto, relator, e Jarí membro, a audiência contou ainda com a participação dos deputados Dr. Julianelli (PSB) e Lucinha (PSDB), que integram a Comissão Ambiental da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), além da Procuradora da República, Marcela Biagioli, o advogado da CSN, Fernando Cardoso,  além de representantes do Governo Municipal e outros. Representantes de várias Associações de Vereadores e de entidades diversas estiveram presentes.

Na abertura do evento, Granato ressaltou a importância do encontro e sua preocupação com a poluição causada pela CSN e com os males á saúde da população com o pátio de escória. Logo em seguida, o presidente da Comissão que apura os fatos, vereador Rodrigo Furtado, falou sobre o objetivo do evento e das expectativas para solucionar o problema. Garantiu que o problema é antigo, mas que recentemente passou a apresentar maiores perigo às pessoas e ao meio ambiente, principalmente ao Rio Paraíba do Sul, já que a pilha de escória está armazenada às suas margens. O vereador Jari, por sua vez destacou a importância empregatícia que a CSN tem com a cidade, mas voltou a criticá-la pelo fato de não cuidar do meio ambiente.

PREOCUPANTE

Os deputados Dr. Julianelli e Lucinha garantiram que o que viram durante a visita ao pátrio de escória é preocupante e necessita de ampla investigação e estudo para saber do que se trata o material que consta na escória, já que o órgão principal que deveria responder essa questão e outras nem da audiência participou. Ele se referiu Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que foi convidado, mas não compareceu para prestar esclarecimentos ás comissões e ao público presente.  Falaram também da criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e que a Comissão de Vereadores também tem que cobrar da presidência da Alerj.

A Procuradora da República, Marcela Biagioli, garantiu que, na visita ao local constatou que há perigo, sim, não só para a saúde da população, mas de contaminação ao meio ambiente. Por isso, alertou a população para participar de ações que possam solucionar o caso. Falou ainda sobre alguns pontos que possam resolver a situação, como a empresa custear o tratamento de saúde para população afetada pelo pó. Lembrou ainda a procuradora que o MPF estuda medidas para responsabilizar a CSN, a Harsco e o Inea, recomendação para a solução dos problemas, assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e Ação Civil Pública. Disse que se reuniu o Inea e hoje irá ouvir CSN e Harsco. Lembrou que as pilhas de escória pode chegar a 40 metros.

No final do evento, o público fez pergunta e os membros da mesa responderam. Ficou definido que novos eventos serão realizados para discutir o assunto e os parlamentares estaduais e municipais estarão acompanhando de perto p desenrolar o caso.

 

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