Volta Redonda adere à Campanha “21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”

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VOLTA REDONDA
A Prefeitura de Volta Redonda, através do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Volta Redonda (Comdim/VR) aderiu aos “21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”, iniciada na última segunda-feira (20) e que seguirá até 8 de dezembro. Uma programação alusiva foi preparada com o objetivo de conscientizar a população sobre a necessidade de erradicar a violência contra a mulher.
Durante o período, serão feitas postagens diárias com o intuito de divulgar dados e incentivar organizações a fazerem campanhas de conscientização e de mobilização pelo fim da violência contra a mulher. Também serão realizadas lives com a participação de pessoas ativistas. Todos os conteúdos poderão ser acessados através do Instagram do Comdim/VR (@comdimvr23).
EVENTOS PRESENCIAIS
A campanha também terá eventos presenciais. O primeiro foi a roda de conversa no campus Três Poços do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), na última terça-feira, 21, que discutiu a política pública de direitos humanos, da diversidade de gênero e de igualdade racial em Volta Redonda. Ela acontecerá, ainda, em espaços como os Cras (Centros de Referência e Assistência Social), Degase (Departamento Geral de Ações Sócio Educativas), Câmara Municipal e Biblioteca Municipal Raul de Leoni, na Vila Santa Cecília.
A coordenadora do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Volta Redonda (Comdim/VR), Juliana Sampaio, explica que o órgão aderiu à campanha motivado pelo compromisso ético com a cidadania, em defesa da dignidade e do respeito às mulheres. “Acreditamos na união colaborativa e na partilha coletiva como geradora de força e o prenúncio para a liberdade. Seja por indignação ou por paixão, nos colocamos em movimento para a mudança e pela equidade. Queremos um novo projeto societário, e por isso nos colocamos em fluxo de trajetória: honrando as que vieram antes e atuantes no agora pela construção de relações equânimes.”
A CAMPANHA
Realizada anualmente em cerca de 150 países, a campanha tem como objetivo divulgar dados e incentivar organizações a fazerem ações de conscientização e de mobilização pelo fim da violência contra a mulher. No Brasil, considerando a dupla vulnerabilidade da mulher negra, ela tem início em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e, por isso, é chamada de “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”.
A ação mundial – denominada de “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher” – teve início em 1991 e era intitulada “As mariposas” em homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, assassinadas em 25 de novembro de 1960 na República Dominicana, após serem submetidas às mais diversas situações de violência e tortura, dentre elas o estupro, pelo regime ditatorial de Rafael Trujillo.
A campanha está em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) previstos na Agenda 2030, elaborados pela Organização das Nações Unidas (ONU) e que visam estimular ações para o alcance da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas, além da eliminação de todas as formas de violência contra as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas.
IMPORTÂNCIA DA CAMPANHA
A secretária Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos, Glória Amorim, destaca a importância da campanha, afirmando que é preciso dar visibilidade e mobilizar as pessoas em torno do tema, que impacta a vida de todas as mulheres. A assessora técnica Vanilda Coutinho, diretora do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), falou sobre as principais vítimas dessa violência. “Segundo estudos, as mulheres negras tendem a ser mais agredidas e discriminadas. As agressões acontecem, não importando a idade ou orientação sexual. Em Volta Redonda, a mulher vítima de violência doméstica encontra apoio e acolhida no Ceam, sendo atendida por uma equipe multidisciplinar”, ressaltou.
A assessora técnica da SMDH, Thamires Torres, que atua na Divisão de Políticas de Promoção da Diversidade de Gênero, acrescenta que a campanha vai intensificar as intervenções que têm como objetivo principal a sensibilização acerca dos direitos de todas as mulheres.
O Brasil registro 722 feminicídios no 1º semestre de 2023, maior número registrado desde 2019 em série histórica. O aumento de feminicídios no país foi puxado pela alta de 16,2% (de 235 para 273 casos) dos casos no Sudeste, única região do país com aumento nos registros desse crime no primeiro semestre deste ano.

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