A violência física, a sexual, a econômica financeira e patrimonial, como a autoagressão, a autonegligência e a psicológica, além da negligência e abandono, são os casos mais freqüentes registrados no Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa de Volta Redonda. Em dois anos, 563 idosos, vítimas de algum tipo de violência, foram atendidos pelos órgãos públicos no município. A direção do Conselho lembra que, hoje, data em que é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, a cidade tem o que comemorar, pois consegue avanços com o trabalho desenvolvido com a população da terceira idade.
Segundo a presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa de Volta Redonda, Mariana Pimenta, o objetivo do Conselho é sensibilizar a sociedade para o combate a qualquer forma de violência, que atinge as pessoas com 60 anos ou mais. Ela pede a população para denunciar caso saiba de algum idoso que esteja sofrendo algum tipo de violência. Disse que as pessoas devem ficar atentas e que o telefone para denunciar é o 3339- 9275 do Centro de Pré-Atendimento ao Idoso ou pelo Disque 100, 127 do Ministério Público (MP) ou o 190 da Polícia Militar (PM).
Ainda de acordo com a presidente do Conselho, Mariana Pimenta, estudos comprovam que mais de 80% dos casos de violência contra idosos acontecem dentro de casa, onde os cuidados são negligenciados. Essas violações, segundo ela, acontecem, geralmente, com idosos dependentes de cuidados especiais, que não tem mobilidade. Lembrou ainda que o Conselho do Municipal Idoso faz acompanhamento, fiscalização e avaliação da política e ações pela melhoria da qualidade de vida da população idosa de Volta Redonda com base em direitos definidos na Legislação Municipal, Estadual e Federal.
REDE DE ATENDIMENTO E PROTEÇÃO
Mariana frisou também que, as pessoas idosas residentes em Volta Redonda podem contar com uma rede de atendimento e proteção, integrada pela Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Idosos e Direitos Humanos; Secretaria Municipal de Ação Comunitária, Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa. Trata-se de um órgão colegiado com representação da sociedade civil e Poder Público, de caráter consultivo, deliberativo e fiscalizador, responsável por diretrizes e metas na política municipal do idoso, em consonância com o Estatuto do Idoso e Política Nacional do Idoso, e o Centro de Pré-Atendimento ao Idoso (CEPAI).
O CEPAI é uma unidade pública municipal, vinculada a Secretaria de Políticas para Mulheres, Idosos e Direitos Humanos, que tem como papel construir uma referência na oferta de trabalho especializado no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) à famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, por violações de direitos. O Centro, que funciona dentro da secretaria, no período de janeiro a março de 2018 fez 127 atendimento de idosos em situação vulnerabilidade com direitos violados.
Já o Centro de Referências Especializado de Assistência Social (Creas), da Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac), de janeiro de 2017 a maio deste ano, prestou 436 atendimentos, todos relacionados a pessoa idosa, vitimas de abuso econômico-financeiro, violência psicológica, negligência e abandono.
