Torcedores ainda pouco empolgados na véspera da Copa do Mundo

0

BARRA MANSA
Diferente de outros anos, a Copa do Mundo de Futebol ainda não contagiou os brasileiros. A um dia para o início do mundial, o que se vê nas ruas é o pouco apoio à Seleção Brasileira pelo menos nos adereços. Segundo pesquisa nacional do Datafolha, realizada na semana passada, 53% dos brasileiros afirmam não ter nenhum interesse pelo Mundial.

Ainda de acordo com o Datafolha, a marca é a pior às vésperas do torneio desde 1994, quando o levantamento passou a ser realizado. O desinteresse é maior nas mulheres (61%); pessoas com idades de 35 a 44 anos (57%); moradores da região Sul (59%) e aqueles com renda familiar de até dois salários mínimos (54%). A pesquisa ouviu 2.824 pessoas em 174 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Só para se ter uma ideia, a pior marca antes de um Mundial havia sido em 2014, quando 36% dos entrevistados disseram não ter nenhum interesse pelo torneio que começaria no Brasil. Já em 94, no campeonato disputado nos Estados Unidos, quando a Seleção estava há 24 anos sem Copas, apenas 20% dos brasileiros disseram não ter interesse pela disputa.

O A VOZ DA CIDADE foi às ruas e conversou com alguns torcedores. A maioria se mostrou confiante apesar da traumática derrota para a Alemanha por 7 a 1 há quatro anos.

“Acho que serviu de lição. O cara só aprende apanhando e você vê que o time evoluiu muito. Tem um ditado que ouvi quando novo e que levo até hoje: ‘Vale mais um bom mandador, do que 100 trabalhadores’, e é verdade”, disse o comerciante Sebastião Figueiredo, de 78 anos.

“Estou com fé! Vamos acompanhar, mas eu acho que tinha outros jogadores melhores. Muitos estão ali por causa de empresário, mas vamos torcer”, disse o patroleiro José Francisco da Silva, o “Tatu”, de 71 anos.

“Acho que dá para ser campeão. A seleção está boa e a derrota para Alemanha já passou. É algo que acontece. Vou acompanhar e torcer”, disse o eletricista automotivo Getúlio da Silva Campos, de 72 anos.

“Esse ano está diferente, a gente não vê aquela empolgação de antigamente. As casas vazias de enfeites e só uma loja enfeitou o Centro de Barra Mansa. A prefeitura não fez nada, os lojistas também não e o movimento nas vendas está fraco”, lamentou a comerciante Clemilda da Silva Oliveira, de 60 anos.

“O pessoal não está acreditando, acho que foi por causa do 7 a 1, mas não para mim. Acredito que o Brasil tem grandes chances de sair vencedor dessa Copa do Mundo”, afirmou o taxista José dos Santos, o “Purunga”, de 74 anos.

“Vou acompanhar, não tem jeito. O 7 a 1 ficou para trás, todo mundo perde… ganha, faz parte. Já comprei bandeiras, chapéu”, falou a professora aposentada Sueli Farias, de 65 anos.

Deixe um Comentário