Queda de temperatura pode elevar risco de contaminação da Covid-19, afirma médico pneumologista

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BARRA MANSA

Ainda falta pouco mais de um mês para a chegada do inverno, que ocorre no dia, 20 de junho, mas a queda de temperatura já está sendo sentida na região. O médico pneumologista Gilmar Alves Zonzin, membro da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro (Sopterj) e chefe do Serviço de Pneumologia do Hospital Santa Maria, em Barra Mansa, afirma que a queda de temperatura pode elevar a proliferação da Covid-19. Segundo o especialista, três situações podem ocorrer: aumento de aglomerações em ambientes fechados, possível aumento de sobrevivência do vírus fora do organismo e crescimento de pacientes com doenças respiratórias crônicas nas unidades de saúde.

Zonzin afirma que não há uma comprovação do tempo exato de vida que da Covid-19 fora do organismo, mas quanto mais baixa a temperatura, maior será o tempo que um vírus consegue sobreviver no ambiente. Outro ponto destacado pelo médico é que, no período do inverno as pessoas costumam ficar mais aglomeradas nas ruas, como, por exemplo, quando ocorrem as chuvas. “Podemos observar que em todos os anos nesse período, muitas pessoas ficam resfriadas. As pessoas costumam estar mais em ambientes fechados e não apenas em casa, mas em ambientes populosos. Se o resfriado comum aumenta nesse período, é possível que a contaminação pela Covid-19 aumente também”, destacou.

O pneumologista ainda destacou que durante o inverno a procura por atendimentos médicos aumenta. “Os atendimentos nos consultórios e pronto socorros crescem por causa das crises respiratórias crônicas, como por exemplo, daqueles que possuem asma.”, relatou, alertando para o risco de contaminação nos hospitais. “Sabendo que as unidades de saúde têm um alto risco de contaminação, algumas pessoas podem também ter crises e  medo de buscar uma unidade, o que pode gerar um risco dela morrer em casa pela própria condição, o que também não pode acontecer. Se tiver crise, a orientação é procurar um médico”, afirmou.

Gilmar explica que o ideal é a população em geral manter os cuidados de isolamento para evitar a contaminação. Já as pessoas que têm doenças respiratórias crônicas, devem também ter atenção voltada a regularidade dos tratamentos indicados pelo seu médico. “A pessoa que tem uma doença crônica e está se tratando corretamente, reduz o risco de ter crises graves. Os relaxados com os tratamentos geralmente têm essa piora no inverno”, finalizou.

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