BARRA MANSA
Foi preso hoje, dia 30, em Barra Mansa, um homem, de 22 anos, suspeito de atear fogo em um ônibus na cidade em março deste ano. Seis dias após o crime, ele chegou a ser detido, mas foi liberado por ordem judicial. Nesta terça-feira, foi cumprido mandado de prisão contra ele, que cometeu o crime após uma ação policial no bairro, ocasião em que um outro suspeito foi baleado após perseguição.
Ele foi encontrado em ação conjunta da Polícia Civil da 90ª Delegacia de Polícia (DP) com equipes da 2ª Cia. do 28º Batalhão de Polícia Militar (BPM), no Centro, na Rua Eduardo Junqueira.
“O criminoso já possui antecedentes por tráfico de drogas, associação para o tráfico, dano, coação no curso do processo e incêndio”, informou a Polícia Civil, que atuou na ação coordenada pelo delegado titular da 90ª DP, Rodolfo Atala; já a PM, atuou por meio do Grupo de Ações Táticas (GAT) II, composto pelos 3° sargentos Rondinele e Werneck, cabo Túlio e soldado Pedro Henrique.
O mandado de prisão preventiva foi expedido pela Justiça de Barra Mansa, após investigações da delegacia da cidade. Os policiais estiveram no bairro por volta das 8h05min e localizaram o homem, que estava na companhia de outra pessoa, da mesma idade. Eles não possuíam nenhum ilícito, mas a equipe chegou a realizar buscas em uma casa abandonada, devido à denúncia anônima de tráfico de drogas, porém não encontrou nenhum material. Foi apreendido somente com um deles um aparelho celular.
Os dois foram encaminhados para a delegacia, onde contra um deles foi cumprido o mandado de prisão. Indiciado, ele será transferido para a Cadeia Pública Franz de Castro (Casa de Custódia) do Roma, em Volta Redonda, ficando à disposição da Justiça. Já o outro, prestou depoimento e após ouvido, foi liberado.
O CASO
O ônibus foi incendiado na noite do dia 13 de março, na Rua Dário Aragão, no bairro Estamparia, em Barra Mansa. O fato ocorreu pouco depois que aconteceu uma troca de tiros entre agentes do 28° BPM e dois criminosos no Barbará. A PM explicou na época que o fato ocorreu após o motorista do automóvel não obedecer ordem de parada, ocorrendo uma fuga de percurso de cerca de 1,5 quilômetro, sem obedecer. Próximo a Rua Eduardo Junqueira “o carona abaixou o vidro da sua porta, e neste momento foi possível visualizar que empunhava uma arma de fogo, apontando-a na direção da viatura. Diante do risco real e iminente, um dos componentes da guarnição efetuou dois disparos de fuzil, na direção do carona, tendo o veículo somente parado cerca de 200 metros à frente”, disse a PM ao A VOZ DA CIDADE na ocasião, completando que esse homem, de 31 anos, motorista do carro, abriu a porta e com as mãos para o alto e desembarcou, se jogando ao chão.
O mesmo foi abordado e revistado e nada de ilícito foi encontrado, sendo observado que fazia uso de tornozeleira eletrônica. Ainda de acordo com a Polícia Militar, nesta condição ele gritou que havia um outro ocupante no veículo e parte dos militares ao abrir a porta constataram que o carona encontrava-se sentado, ferido. “Próximo das suas mãos, em cima do banco e entre em suas pernas havia uma pistola Glock calibre 9mm, modelo G17, com numeração suprimida, além de estar municiada com 16 cartuchos intactos, armada e carregada com um cartucho intacto. A pistola foi imediatamente retirada, pois mesmo ferido ele tentava apanhar a arma de fogo, sendo nele realizada uma revista e encontrado no bolso uma chave de moto e R$ 65 em espécie”, completou a PM, que após revistas no veículo, apreendeu ainda dois celulares.
Segundo apurado pelo A VOZ DA CIDADE, este homem se encontra internado até hoje na Santa Casa, de acordo com informações da PM.
Na ocasião, o homem, que foi preso nesta terça-feira, em represália ao ocorrido, ordenou que o motorista do ônibus que estava estacionado saísse do coletivo que não tinha passageiros, ateou fogo e fugiu.
