Prefeitura não apresenta contraproposta e sindicato pode decretar greve

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RESENDE

Os servidores municipais de Resende  podem entrar em greve nos próximos dias. Em uma assembleia marcada para acontecer ainda no dia de ontem, a categoria deverá votar se decreta a paralisação. Até o fechamento dessa edição a decisão ainda não havia sido tomada.

Segundo o Sindicato dos Funcionários Públicos do Município de Resende (SFPMR), a decisão pela greve pode ser tomada devido ao fracasso da reunião realizada na semana passada entre os sindicalistas e a prefeitura onde se discutiu a possibilidade de atendimento das reivindicações dos servidores. Entre elas, o reajuste e a descompressão salarial.

O encontro aconteceu no Centro Administrativo da Prefeitura e reuniu os secretários de Fazenda, Paulo Roberto Russo e de Administração, Kaio Márcio Resende de Paiva e, pelo Sindicato, o vice-presidente, Georvânio Paulo da Silva Sousa, os diretores Edimar Perdiz Bezerra e Leslie Carina Oliveira Marques Porto, e ainda o vice-presidente da Federação dos Servidores Públicos Municipais do Estado do Rio de Janeiro (FESEP/RJ), Luiz André Ferreira Costa

De acordo com Georvânio, o governo apresentou uma planilha com informações sobre a arrecadação de tributos do município, incluindo os repasses federais e estaduais. Na avaliação do Sindicato, os dados passados apresentam uma queda de valores considerável no repasse de ICMS (repasse estadual) em comparação ao mesmo período do ano passado, no entanto, no montante geral, houve um aumento na arrecadação. “O secretário de Fazenda se baseou nesta queda de ICMS e a possibilidade futura de um cenário econômico-financeiro nacional / estadual negativo para o próximo semestre deste ano, para justificar a impossibilidade de apresentação de uma proposta de um percentual de aumento de salário para os servidores públicos concursados”, explica Georvânio, que foi enfático ao dizer que “a prefeitura tem a obrigação moral de encarar a questão da falta de reajuste do servidor como caso gravíssimo, e providenciar uma solução urgente para esses salários defasados, considerando ainda a situação degradante e humilhante de mais de mil servidores que percebem seus salários-base menor do que o mínimo nacional”, frisou.

Na opinião do vice-presidente do sindicato, o governo municipal está praticando o mesmo modelo adotado pela união quando se refere ao trabalhador. “O trabalhador é quem está pagando a conta da falta de capacidade de gestão dos governos”, afirmou Georvânio.

Com o fracasso das negociações os representantes do Sindicato disseram que deixaram claro ao governo ao fim da reunião de que a pauta da assembleia que irá discutir a greve está mantida e que provavelmente o servidor aprovará uma paralisação por tempo indeterminado. .A reunião foi encerrada com o informe do SFPMR de que os servidores já se encontram em estado de greve, e na próxima Assembleia do dia 02 de agosto, a pauta de greve está mantida, ressaltando que provavelmente o servidor aprovará uma paralisação por tempo indeterminado.

Nota da Prefeitura

Por nota a Prefeitura informou que não dispõe, no momento, de recursos mínimos para oferecer reajuste salarial. Argumenta que o momento econômico do país  exige cautela absoluta, diante da enorme queda na arrecadação, a fim de não comprometer nenhum serviço essencial à população e manter os índices da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ressaltou, porém, que tal postura cautelosa vem permitindo o pagamento de salário integral, somado à primeira parcela do 13º de todos os servidores pagos na semana passada, mantendo seu dever e respeito aos profissionais que compões os quadros da Prefeitura de Resende.

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