Prefeitura de Barra Mansa, entidades e Ministério Público discutem novo acordo para flexibilização

BARRA MANSA
Uma audiência de conciliação está marcada para esta sexta-feira, 29, às 10 horas, entre Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e Prefeitura de Barra Mansa. O encontro foi marcado pela juíza da 1a Vara Cível, Anna Carolinne Licasalio da Costa, na sede do cartório. A finalidade será tentativa de nova composição de acordo entre as partes que possibilite a flexibilização do isolamento social. Hoje, 25,  aconteceu uma reunião entre representantes do MP, da Associação Comercial, Industrial, Agropastoril (Aciap), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sindicato do Comércio Varejista (Sicomércio), OAB e prefeitura.
A juíza intimou ainda o Estado para que informe em um prazo de 48 horas se foi estabelecido algum critério para a utilização pela regulação estadual dos leitos mantidos exclusivamente com recursos municipais. Esse fato foi que motivou o Ministério Público a solicitar o retorno do isolamento social, mesmo com acordo estabelecido com a prefeitura.
Participaram do encontro representantes da prefeitura, através do procurador César Catapreta; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Aloísio Perez; os presidentes do Sicomércio, Hugo Tavares; da CDL Leonardo dos Santos; presidente da Aciap, Bruno Paccielo; o presidente do Codec, Arivaldo Mattos. A prefeitura apresentará entre terça e quarta-feira um trabalho técnico. Um acordo pode ser firmado para na reunião de sexta-feira ter uma definição, se a juíza assim aceitar.
O presidente do Sicomércio, Hugo Tavares, disse estar otimista para uma nova flexibilização. “O comércio de Barra Mansa emprega cerca de 30 mil pessoas. É uma maneira de pelo menos pagar as contas por parte do comerciante e os trabalhadores manterem seus empregos. Conseguimos reabrir com muita orientação, com campanhas realizadas, seguindo decretos e orientações de higiene e uso de máscaras. Fizemos no comércio o dever de casa. Podemos observar, pelo o que foi apresentado no encontro de hoje que os números de leitos, pessoas contaminadas e curadas estão em índices bastante satisfatórios”, contou, esperançoso de chegar a um acordo. “Até pela segurança alimentar das pessoas, principalmente com a saúde emocional dos trabalhadores do comércio”, frisou.
Questionado sobre o número de desempregados do comércio, o presidente do Sicomércio lembrou que o Caged não tem abastecido os números, mas em levantamento com contadores e profissionais que cuidam dessa área em Barra Mansa, houve uma queda. Hugo lembrou que mesmo que o comércio retorne, as pessoas precisam sair de casa em caso de necessidade. “Foi ao comércio, comprou e retorna para casa. Ou usar os serviços de entrega de delivery. Mesmo quando retornamos, muitas pessoas foram às ruas, mas o movimento de vendas ficou baixo, o que significa que não houve compra. E mesmo assim, os números de infectados estiveram sob controle durante o período que o comércio ficou aberto”, argumentou Hugo.
REABERTURA
O comércio de Barra Mansa foi reaberto no dia 29 de abril e houve ordem para fechamento no dia 22 de maio.