Piraí e Valença registram os primeiros casos da Febre Oropouche na região

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PIRAÍ E VALENÇA

As Secretarias de Saúde de Piraí e Valença divulgaram boletins oficiais, nesta terça-feira, dia 30, para informar que nos dois municípios do Médio Paraíba foram confirmados casos de febre Oropouche. Ao todo, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, o Rio teve a confirmação de dez casos da doença. A informação foi dada pelo Laboratório Central Noel Nutels (Lacen) e pelo laboratório de referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os casos foram registrados entre os dias 9 e 18 de abril e também incluem as cidades de Japeri e a Capital.  Eles seguem para investigação, a fim de verificar se são autóctones, de transmissão local, ou ‘importados’, quando a transmissão ocorre em outro território. Em nota, a Secretaria de Saúde de Piraí informou que foi notificada na noite de segunda-feira, dia 29, sobre cinco casos confirmados na cidade, no período mencionado. Eles foram identificados nas unidades da Cacaria e no Hospital Flávio Leal.

“Todos os casos serão investigados minuciosamente pela Vigilância Epidemiológica”, afirmou a secretária municipal de Saúde, de Piraí, Giane Gioia.

A Secretaria de Saúde de Valença também informou que recebeu a confirmação de um caso de febre Oropouche no município, na noite de segunda-feira. A diretora da Vigilância Epidemiológica do município, Vera Lucia de Freitas Bastos, ressaltou que município tem a recomendação de seguir, para os casos da doença, a conduta médica adotada nos casos suspeitos de dengue.

O primeiro caso de infecção pela doença, na cidade, trata-se de uma mulher de 24 anos, moradora do bairro do Torres Homem, que havia viajado para a cidade de Viçosa, Minas Gerais. A paciente não precisou ser hospitalizada durante o período da doença e se recuperou.

Sintomas semelhantes à dengue

Os sintomas da Febre Oropouche são semelhantes aos da dengue, com duração de dois a sete dias, e incluem febre de início súbito, dor de cabeça intensa, dor nas costas e na lombar, dor articular, tosse, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. Não há tratamento específico, sendo recomendado repouso, tratamento sintomático e acompanhamento médico.

Segundo a secretária de Saúde, Claudia Mello, o vírus da doença é endêmico no Amazonas e chega a apresentar alguns períodos de surto. No entanto, a letalidade da Febre Oropouche é baixa e, a orientação dada aos municípios, é que mantenham a conduta médica realizada nos casos de suspeita de dengue para os casos da febre.

Em parceria com os municípios envolvidos, a pasta realizará a investigação epidemiológica nos dez casos registrados no Rio de Janeiro, além de investigar a captura de mosquito nas regiões em que os casos foram confirmados.

Primeiro caso da doença foi registrado em fevereiro deste ano

O primeiro caso confirmado pela doença aconteceu em fevereiro de 2024, no Rio de Janeiro. O paciente foi identificado como um homem de 42 anos, morador do bairro do Humaitá, na Zona Sul da Capital, e tinha histórico de viagem para o Amazonas.

Na ocasião, a SES-RJ considerou o caso como importado, após análise do histórico de viagem do paciente ao estado do Amazonas, que já registrava aumento significativo do número de casos nos primeiros meses deste ano.

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