Percentual de fluminenses que temem o desemprego reduz em julho

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RIO/SUL FLUMINENSE

Em pesquisa realizada com 456 consumidores do estado do Rio de Janeiro em julho, ao menos 72,7% dos ouvidos afirmou ter, de alguma forma, medo de perder o emprego como consequência da crise econômica imposta pelo coronavírus. Os dados do levantamento do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) indicaram queda de 11,3 pontos percentuais no comparativo com o percentual de 61,4% com a pesquisa de junho.

O estudo também mostra que diminuiu em 16 pontos percentuais o receio dos fluminenses de ter sua renda familiar ainda mais reduzida por conta dos efeitos econômicos da pandemia. Em agosto 39,5% dos entrevistados se mostraram preocupados, contra 55,5% apurado em julho. Já para 43% dos pesquisados, a renda vai ser mantida como está, em junho eram 28,9%. Em relação à retomada da economia, a maioria segue receosa: 52,2% dos consumidores se mostraram pessimistas e 33,8% estão confiantes ou muito confiantes. Milena Pinheiro, 24, retomou as atividades no trabalho em julho, após meses distante em sistema de home Office.

Para a moradora de Resende, aos poucos a rotina financeira é retomada e o emprego se torna mais seguro. “No início da pandemia o medo de ficar desempregada era maior, mas a empresa adotou medidas emergenciais como reduzir jornada e salário. Houve corte, mas de forma reduzida. Com a volta das atividades e a economia engrenando fico menos preocupada. O medo maior agora é a contaminação por não ter vacina ativa no Brasil”, opina. A pesquisa do IFec também analisou a situação do endividamento dos fluminenses. Praticamente 65% dos entrevistados afirmaram estar endividados e 14,9% deles projetaram ter aumento dos gastos dos bens duráveis nos próximos três meses.

Questionados sobre quais despesas se tornariam maiores em agosto no comparativo com o mês de julho. O grupo de alimentos e bebidas liderou o ranking com 53,1%, seguidos por luz elétrica, gás e água (47,8%); produtos de higiene pessoal (34,4%); produtos farmacêuticos (32,2%); produtos de limpeza (31,8%); combustíveis (26,5%); planos de saúde/médico (19,7%); internet de celular (17,5%); aluguel (13,2%); educação (12,7%); e produtos eletrônicos (10,5%). Para o taxista Renato Soares, 59, a conta de energia é o ‘desafio a ser batido’. “Minha luta é para que o pessoal economize luz, mas tá difícil. Crianças em casa o dia todo, ou ficam no computador ou na TV. A quarentena prende a família em casa, isso aumenta tudo, da comida até a luz, mas a energia é onde sinto mais. Se não tiver consciência, a TV fica ligada o dia todo, no quarto e na sala, por exemplo. Pago média de R$ 290 mensais”, comenta o morador de Quatis.

NOVOS HÁBITOS

A sondagem de IFec reforçou que as compras através de plataformas digitais ganharam destaque ao longo do distanciamento social provocado pela pandemia. O instituto buscou entender o comportamento de compras pela internet, durante o isolamento social.  Para 23,7% dos entrevistados as compras aumentaram, e para 21,9% se mantiveram no mesmo nível. Outros 11,4% informaram que passaram a fazer compras pela internet. Mas para 22,8%, suas compras tiveram redução.

Os produtos mais adquiridos pela internet no mês de julho pelos entrevistados foram: alimentos e bebidas (43,3%); artigos de farmácias e médicos (27,6%); eletrodomésticos (19,4%); vestuário e calçados adultos (29,1%); livros e e-Books (17,7%); eletrônicos ‘computadores, celulares, etc.’ (18,5%); produtos de saúde e beleza (19,4%); móveis (11,1%); vestuários e calçados infantis (13,4%); artigos de uso pessoal ‘bolsa, óculos, etc.’ (14,5%); artigos de papelaria (9,4%); brinquedos (8,8%); e materiais de construção (4,6%).

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