Pais e alunos reclamam de infestação de ratos e obra inacabada em escola de Volta Redonda

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VOLTA REDONDA

Infestação de ratos e obra paralisada. Esses são alguns dos problemas que estão tirando o sono de pais, alunos e professores do Colégio Municipal José Botelho de Athayde, no bairro Vila Americana. Segundo os denunciantes, há mais ou menos um mês a cozinha e o refeitório da escola foram invadidos pelos roedores. Vídeos feitos pelos próprios estudantes e que estão circulando em redes sociais mostram fezes de ratos e os animais no local. As imagens revoltaram pais que fizeram uma manifestação em frente à unidade na manhã desta terça-feira.

Os manifestantes prometem se reunir ainda esta semana na Câmara Municipal para pedir uma solução para o problema. Segundo pais e alunos, a obra de reforma geral e ampliação da escola, que teve início há mais de seis anos, foi paralisada logo em seguida. Isso, segundo eles pode ter contribuído para a infestação de ratos, já que resto de material está acumulado no local.

REFEITÓRIO INTERDITADO

Procurada pela equipe de reportagem do A VOZ DA CIDADE para falar sobre o assunto, a diretora adjunta da escola, Maria Aparecida Maurício Gonçalves, disse apenas que a cozinha e o refeitório foram interditados desde quando os ratos começaram aparecer e que a unidade vem sendo desratizada e recebendo todos os cuidados necessários. Lembrou ainda que, além da obra parada, a escola está também localizada à beira do rio; o que pode facilitar a aparição de ratos.

Funcionários ouvidos pela reportagem confirmaram a péssima situação da escola, dizendo que há infiltrações, pisos soltos, vazamento, parte elétrica danificada, goteiras em época de chuva, entre outros problemas. Os trabalhadores disseram ainda que antes da interdição do refeitório, alunos dividiam espaço da merenda com os ratos.

REFORMA

A prefeitura informou ao A VOZ DA CIDADE que na semana passada a escola foi dedetizada e que a unidade, que é da Fundação Educacional de Volta Redonda (Fevre), passará por uma reforma geral. A administração municipal frisou que o presidente da Fevre, Waldyr Bedê, está percorrendo nesta semana escolas da fundação para ouvir estudantes e saber as necessidades de cada lugar para que sejam providenciadas melhorias.

O Colégio José Botelho de Athayde foi visitado na manhã de segunda-feira, quando foi anunciado aos alunos uma reforma geral. Os trabalhos devem ser iniciados em até 40 dias e prevêem a construção de um refeitório, auditórios, e todo o telhado, partes hidráulicas e elétricas serão recuperadas. Salas de aula, piso e quadra esportiva também farão parte da reforma.

De acordo com Bedê, serão investidos cerca de R$ 1,5 milhão com verba municipal e carimbada do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O presidente da Fevre lembrou ainda que a construção do auditório, que teve início em 2014, deve ter início em breve. “A empresa ganhou a concorrência em 2012 e parou a obra dois anos depois. Conseguimos fechar a última licitação na semana passada e o nome da empresa que fará a reforma deve sair até quinta-feira. A partir daí, em 30 dias no máximo começa a obra”, adiantou Bedê, lembrando que além do J.B. de Athayde, já conversou com estudantes dos colégios Professora Themis de Almeida Vieira, no Conforto e João XXIII, no Retiro. “Antes de iniciarmos essa fase de conversa com os alunos, já passei por todas as unidades da Fevre  dialogando com professores e funcionários”, garantiu.

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