Uma semana depois mãe de Volta Redonda vai sepultar corpo do filho que ela mesma encontrou

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 Depois de uma semana de dor e espera a diarista Alessandra de Freitas Portugal, finalmente vai conseguir sepultar o corpo do filho dela, Haryson de Freitas, de 21 anos, em Volta Redonda. Vale lembrar que o sofrimento da mãe, na verdade, já dura há treze dias, já que o filho ficou desaparecido durante uma semana antes de ela própria ter encontrado o corpo enterrado em uma área, no bairro São Sebastião, onde ela reside. O sepultamento será nesta quarta-feira,23, às 9 horas, no Cemitério Municipal Bom Jardim Isidório Ribeiro, no bairro Retiro.

Alessandra informou ao A VOZ DA CIDADE que, depois de uma semana de espera, idas e vindas ao Instituto Médico Legal (IML), em Três Poços, e ao Fórum de Volta Redonda, ela vai poder sepultar o corpo do filho. Segundo ela, mesmo depois de ter localizado e desenterrado o corpo do jovem, ela teve que esperar uma semana pela liberação do corpo do IML, já que devido às dificuldades para a comprovação das digitais por causa do estado avançado de decomposição do corpo, houve grande demora para a liberação.

De acordo com Alessandra, a exigência da identificação foi uma determinação da Justiça para que o atestado de óbito fosse liberado. Ela lembrou ainda que, devido à situação do corpo não haverá sepultamento. “O corpo sairá do IML e seguirá direto para o cemitério. Haverá um tempinho para oração e depois o sepultamento. É uma situação triste, mas pelo menos agora vou conseguir fazer o enterro do meu filho. Esses últimos dias foram muitos tristes para mim e também para minha família. Agora, meu filho vai poder descansar em paz”, desabafou a mãe.

Vale lembrar que Haryson desapareceu de casa no dia 9 deste mês. Mesmo depois do desaparecimento ter sido comunicado na 93ª Delegacia de Polícia (DP), a diarista não deixou de procurar o filho. E foi aí que ela foi informada que o filho tinha sido assassinado e o corpo estava enterrado em um terreno próximo ao local onde mora. No dia em que ela localizou o corpo retornou à Delegacia de Polícia e ao Corpo de Bombeiros para fazerem a remoção. Só que isso não foi feito e ela acabou denunciando o caso, que chocou a população da cidade e região.

O caso foi acompanhado pela Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil de Volta Redonda (OAB-VR) e pelo Movimento pela Ética na Política (MEP) que deram também apoio a mãe do jovem e sua família.

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