MPF obtém restituição de R$ 100 mil à Paróquia de Paty dos Alferes por objetos sacros furtados

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PATY DO ALFERES

O frei Vitalino Turcato teve a intuição de anotar a placa do carro de dois visitantes que o abordaram no final de 2005, apresentando-se como compradores interessados na aquisição de peças antigas. Mesmo com negativa do padre, os dois insistiram em visitar a igreja. Uma semana depois, no começo de janeiro de 2006, Paulo Célio de Azevedo Medeiros e Edvaldo da Silva Santos voltariam à Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Paty dos Alferes, Rio de Janeiro, para furtar oito peças sacras. 16 anos se passaram. O frei faleceu em 2016. Mas foi graças a perspicácia do religioso é que se prendeu os culpados e, como parte da pena, foi pago agora o valor de R$ 104.369,60, transferido para a paróquia.

As oito peças subtraídas do acervo da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição são: uma coroa da Imagem de Nossa Senhora da Conceição situada no altar mór da Igreja, avaliada em R$ 10 mil. Uma coroa da Imagem de Nossa Senhora do Rosário situada no altar da nave da Igreja, avaliada em R$ 10 mil. Uma coroa da Imagem da Nossa Senhora Aparecida situada na Sacristia Um resplendor da Imagem de Nossa Senhora da Piedade (Pietá) situada na capela lateral da Piedade , avaliada em R$ 4 mil. Um turíbulo de prata, avaliado em R$ 2 mil. Dois castiçais e um resplendor da Imagem de Santo Inácio de Loyola, avaliado em R$ 15 mil. Ressalte-se que todas as oito peças subtraídas do acervo da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição são tombadas pelo Iphan, conforme a inscrição n.º 443.

O Ministério Público Federal (MPF) em Petrópolis apresentou denúncia contra Paulo Célio e Edvaldo da Silva em 2013, após eles terem sido presos por outro crime, o roubo da imagem Nossa Senhora Criança em Miguel Pereira. Naquele crime, um dos comparsas teria se disfarçado de padre para conseguir subtrair as imagens sacras.

Pelo crime em Paty dos Alferes, Paulo Célio foi condenado a cinco anos e dois meses de prisão, e só foi possível a localização dele após um trabalho de inteligência do MPF em localizar um apartamento financiado em nome do condenado. Com isso, em agosto de 2020 ele foi preso e o bem penhorado para a devida reparação dos danos causados.

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