Manobra Escolar 2022 reúne cerca de dois mil militares em exercício de simulação de combate

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Por mais de dez dias a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) realizou a Manobra Escolar 2022. O exercício militar de simulação de combate aconteceu por terra e aeronaves militares sobrevoaram os céus de Resende, Quatis e Barra Mansa. Dentro da Manobra Escolar acontece o programa ‘Conheça o seu Exército’ que proporciona, por meio de atividades instrutivas e práticas a imersão da imprensa, estudantes, formadores de opinião e digital influencers no ambiente militar típico das missões do Exército Brasileiro. Por dois dias, 8 e 9, a equipe do A VOZ DA CIDADE viveu essa realidade.

A Aman é o local de formação do oficial combatente do Exército nas áreas de Infantaria, cavalaria, artilharia, engenharia, comunicações intendência e material bélico. Oferecendo ensino superior, pesquisa e extensão.  O exercício ‘Operação Pirapitinga’ coroa o ano de instrução da Aman.

Organizado pelo Departamento de Educação e Cultura do Exército (Decex) a Manobra Escolar é a maior atividade de combate simulado da América Latina, empregando os equipamentos e armamentos mais modernos disponíveis do Exército Brasileiro, além de contemplar diversos aspectos da guerra moderna, como o combate a forças irregulares e o enfrentamento em ambiente urbano.

Cerca de dois mil militares participaram do treinamento. A Academia contou com o apoio de 40 organizações militares para viabilizar a execução da Manobra Escolar. Foram mais de 450 viaturas sobre rodas e 88 viaturas blindadas, além de oito aeronaves. Ao final do exercício, os cadetes realizaram tiros de combate com suas frações, incluídos os armamentos coletivos, com um consumo previsto de 120 mil tiros de munições 7,62mm e de 9mm, além de granadas de diversos tipos.

Foto: Gabriel Borges

MANOBRA ESCOLAR

Foto: Gabriel Borges

O Corpo de cadetes realizou diversas unidades da Força Terrestre Componente (FTC), representada pela 5ª Divisão de Exército do país Azul, compondo frações de tropas mecanizadas, blindadas e aeromóveis, desdobradas ao longo das regiões de Resende, como a Capelinha, Pedra Selada e Fumaça, em Quatis, no distrito de Falcão e em Barra Mansa, no distrito de Nossa Senhora do Amparo.

Dentro de um quadro de guerra convencional, foram executadas operações básicas ofensivas e complementares, em uma situação tática complexa, que exigiu a solução de problemas militares simulados próximos da realidade. A Manobra Escolar consolida o ano de instrução por meio de um exercício em que os cadetes têm a possibilidade de exercitar a liderança das pequenas frações, até o nível subunidade, aplicando os conhecimentos adquiridos ao longo do corrente ano. Ao permitir, ainda, a integração entre as armas, quadro e serviço, serão também cumpridos os objetivos da formação do Oficial.

Dentro do quadro tático do exercício, as tropas executaram marcha para o combate, ataque em localidade, operações de abertura de brecha e aproveitamento do êxito. Os cadetes realizaram um ataque coordenado, ataque em localidade e uma transposição de curso d’água, além da operação de junção que ocupou uma cabeça-de-ponte aeromóvel. Além disso, foram realizadas ações de reconhecimento de eixo e operação de estabilização. Outro grupo trabalhou meios e elementos de guerra eletrônica para apoiar as ligações entre as unidades.

Foto: Gabriel Borges

Conheça o seu Exército

O programa ‘Conheça o seu Exército’, que acontece dentro da Manobra Escolar, é a oportunidade de setores de fora conhecerem o trabalho desempenhado. “Desta forma estreita o relacionamento do Exército com a sociedade civil, é uma forma de entender melhor as especificidades e ações institucionais verificando parte dos desafios e o cotidiano dos militares, bem como suas peculiaridades. É um programa edificante, e ficamos lisonjeados com a presença dos nossos convidados. É uma oportunidade para que a sociedade veja o Exército operacional, o cotidiano, como a pernoite, as aulas, é de vital importância integração dos dois públicos”, avalia o coronel Feres, chefe de comunicação social da Aman.

Foto: Gabriel Borges

Sobre a Manobra Escolar, o coronel cita que este é o coroamento dos quatro anos de formação, sobretudo do cadete que está no último ano de formação. “Depois de passar um ano na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) e mais quatro anos na Aman, o cadete passa por uma série de testes teóricos, provas, que ele tem que mostrar suas competências. Na Manobra Escolar ele vai mostrar isso de forma prática, assumindo funções de comando e chefia o que realmente vai demostrar seus aprendizados, é a oportunidade de sedimentar tudo isso”, cita.

Ele relembra que no ano passado, foi formada a primeira turma de oficiais mulheres. “Esta turma já está atuando nos corpos de tropas. O segmento feminino veio agregar competitividade, o homem tendo a oportunidade de trabalhar com mulheres que apresentam outras capacidades, e outras técnicas, vai se esforçar mais para chegar naquele patamar. A entrada delas favoreceu também a parte da logística, pois a mulher é muito meticulosa e está vocacionada para a intendência e material bélico, a logística ganhou muito”, afirmou.

Já o tenente coronel Ribeiro Filho, do centro de comunicação social de Brasília, destaca a culminância da Manobra. “Essa é a culminância de um ano de instrução dos cadetes. É um grande exercício de simulação de guerra com helicópteros, tanques, blindados além de operações de inteligência. A Manobra pode ser resumida na demonstração das capacidades que os nossos cadetes apresentaram após um ano de instrução, podemos ver tiros de diversas armas, cadetes atacando as localidades, tudo isso quando nós olhamos, pode se parecer algo simples de se fazer, mas envolve uma grande preparação onde são colocadas em prática todos os ensinamentos”, cita.

Sobre o programa, aponta que ter a imprensa presente é importante para mostrar a sociedade um pouco da rotina e da formação do Exército Brasileiro, principalmente da linha combatente. “O intercâmbio é fundamental. Para o Exército Brasileiro, é a oportunidade de mostrar para a sociedade aquilo que fazemos, das nossas entregas e competências, ter a imprensa e civis presentes é uma honra sentimos muita satisfação e mostrar o nosso trabalho para que conheça o nosso ‘braço forte, a nossa mão amiga’, da nossa pátria e da sociedade”.

Franciele Aleixo, repórter do A VOZ DA CIDADE,  participar da Manobra foi uma experiência ímpar. “Foi enriquecedor conhecer a rotina e o cotidiano dos cadetes e militares. Pudemos ter outra visão sobre o que é o Exército Brasileiro, sua tecnologia e inteligência. Além disso, o treinamento, o comprometimento e o amor à pátria dos cadetes é algo que nos chama a atenção. A estrutura da Aman é outro quesito a parte: belíssima, ricamente cultural e histórica. A Manobra em si é espetacular, de um realismo impressionante, onde a sensação foi realmente estar dentro de um combate”, comenta.

Já o repórter fotográfico Gabriel Borges destaca sua vivência durante o exercício. “Não foi uma experiência profissional. Foi uma experiência para a vida. Assim como fotografar grandes empresas, estar dentro da maior academia Militar das Américas é motivo de muito orgulho. Saí de lá com outra visão sobre o mundo e sobre as relações interpessoais. Aprendi sobre serenidade, educação, organização e disciplina”, conclui.

Foto: Gabriel Borges

Já o repórter fotográfico Gabriel Borges destaca sua vivencia durante o exercício. “Não foi uma experiência profissional. Foi uma experiência para a vida. Assim como fotografar grandes empresas, estar dentro da maior academia Militar das Américas é motivo de muito orgulho. Saí de lá com outra visão sobre o mundo e sobre as relações interpessoais. Aprendi serenidade, educação, organização e disciplina”, conclui.

Foto: Franciele Aleixo

Foto: Gabriel Borges

Foto: Gabriel Borges

Foto: Gabriel Borges

Foto: Gabriel Borges

Foto: Gabriel Borges

Foto: Gabriel Borges

 

 

 

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