Magé homenageia 22 mulheres fazedoras de cultura

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MAGÉ 

Vinte duas histórias de vida e um traço em comum: vinte duas trajetórias femininas na arte e na cultura. Assim pode ser descrito o perfil das 22 mageenses, entre professoras, artistas plásticas, cantoras, atrizes, lideranças quilombolas, entre outras, com o 1° Prêmio Maria Conga, concedido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

O evento – realizado na noite desta quarta-feira, dia 30, na Cooperativa de Pau Grande – também homenageou a primeira-dama Lara Torres, a vice-prefeita Jamille Cozzolino e as secretárias Flávia Gomes (Assistência Social e Direitos Humanos), Larissa Storte (Saúde), as subsecretárias Fernanda Harb (Assistência Social e Direitos Humanos), Marcela Maciel (Comunicação e Eventos) e Rita de Cássia Rodrigues (Educação e Cultura) e a presidente da Fundação Cultural e Educacional de Magé, Sandra Morgado, como encerramento das comemorações pelo Mês da Mulher.

“A data para entrega do prêmio e homenagem às mulheres que compõem o secretariado do governo Renato Cozzolino e à primeira-dama não foi por um acaso. Estamos no encerramento do Mês da Mulher. Além disso, as contempladas com o prêmio são ícones com suas histórias pessoais e profissionais. Elas nos inspiram e continuarão inspirando outras pelos seus estilos de vida e seus trabalhos”, explicou a secretária municipal de Educação e Cultura, Sandra Ramaldo, que conduziu a cerimônia com muita alegria e emocionada.

Também bastante emocionada, a vice-prefeita Jamille Cozzolino ressaltou a importância de destaque que a mulher exerce no atual governo municipal.

“Estou muito emocionada de estar aqui finalizando o mês de março, Mês da Mulher, e participar deste prêmio às mulheres que atuam e têm uma relevância na cultura mageense. Mas também estou feliz por representar o governo, que realmente dá a importância devida às mulheres”, disse Jamille.

O secretário municipal de Governo e Fazenda, Vinicius Cozzolino, também prestigiou o evento e lembrou das políticas públicas implantadas pela administração atual na área cultural.

“É uma grande satisfação para a Prefeitura realizar esta premiação. É uma singela homenagem, mas de grande valia. Como secretário de Governo, tive a oportunidade de inaugurar, na Piedade, o busto em homenagem à Maria Conga, grande guerreira que representa o valor das mulheres negras do nosso município. Tenho certeza que o desenvolvimento e a promoção da cultura e a atuação dos movimentos culturais são fonte de inspiração para resistir aos retrocessos civilizatórios que o mundo tem enfrentado. Quero parabenizar à Secretaria de Educação e Cultura pela iniciativa e dizer que o nosso governo tem compromisso com a cultura da cidade”, discursou.

Todas as homenageadas também expressaram gratidão pela homenagem. No caso da artista plástica Valquíria Pires, a alegria foi dupla, pois ela é autora da obra do prêmio (um quadro em xilogravura com a imagem de Maria Conga).

“Para mim, foi uma grande honra presentear cada mulher deste prêmio com a minha arte representando Maria Conga, mulher de força da nossa história. É muito gratificante ter um pedacinho do meu trabalho na casa de cada das demais mulheres homenageadas, honrando as minhas mulheres, a minha avó, a minha mãe que me construíram a mulher artista que sou hoje”, disse Valquíria.

As homenageadas

Foto: Lucas Santos

Foto: Lucas Santos

Foto: Lucas Santos


A relação completa das homenageadas é a seguinte: Almerina Couto, Aimê Braz, Ângela Leclery, Aryane Funpé, Beth Fávaro, Elizabeth Justino, Genecy Gomes, Grupo Garotas do Asfalto, Ieda Souza, Izzy Bey, Juçara Mello, Jurema Capoeira, Letícia Soares, Lillian Katherine, Lucimar Machado, Mariângela Yanase, Martinha Souza, Sandra Maria, Sônia Castilho, Valquíria Pires, Valéria Raposo e Verônica Martins.

Maria Conga
Maria da Conga foi uma mulher escravizada que veio do Congo, na África, aos nove anos, sequestrada, separada dos pais, vendida e maltratada até a vida adulta, em Salvador, Bahia. Posteriormente, foi trazida amontoada em um navio negreiro ao Porto da Piedade, em Magé, onde foi vendida novamente. Com 35 anos, conseguiu sua alforria e, em uma mata fechada da cidade da Baixada Fluminense, fez sua morada e ajudava outros escravizados que chegavam a ela, criando assim o quilombo que leva o seu nome e em seguida bairro no 1º distrito do município.

 

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