Flir aborda a história de Narcisa Amália, a pioneira no jornalismo

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RESENDE

A Feira Literária de Resende chega neste sábado ao seu terceiro dia de atividades gratuitas no Parque de Exposições Francisco Fortes Filho, na Morada da Colina. O evento realizado pela Look Mídia Eventos Especiais em parceria com a Prefeitura de Resende incentiva a diversidade cultural. A programação, iniciada no dia 6, termina no domingo, dia 9, das 9 às 21 horas..

A edição conta como patrona a jornalista Narcisa Amália, a primeira mulher a se especializar no ramo de jornalismo no Brasil. Ela será o tema de uma mesa neste sábado, dia 8, às 13 horas, voltado para o público geral, no Auditório Literário. A atividade vai abordar a trajetória da jornalista, que ficou conhecida por todo país pelos seus artigos e prosas em favor da Abolição da escravatura, defensora da mulher e de minorias. Na entrada do evento, Narcisa Amália também é homenageada através de uma exposição contando sua trajetória de sua vida.

Narcisa Amália é considerada a primeira jornalista brasileira

Segundo os organizadores, a mesa sobre a vida da patrona do evento neste sábado terá a participação do professor Julio Fidelis, economista e mestre em História Social, criador do artigo Reflexos de Narcisa – Poetisa das Névoas, além de representantes do coletivo Nebulosas, coletivo  de arte feminista criado através do livro de Narcisa Amália, que busca histórias, memórias e trabalhos de outras mulheres da região Sul Fluminense e do mundo para divulgar para a sociedade através de ocupação do espaço urbano por meio de produções e exibições de audiovisual, fotografia, lambes e zines (publicações independentes).

NARCISA AMÁLIA  

Nascida em São João da Barra, na Província do Rio de Janeiro, em 1852, Narcisa Amália de Campos se mudou aos 11 anos, juntamente com sua família para Resende, local onde se iniciou sua carreira artística e jornalística. Ela se destacava com seus artigos na imprensa, pois, criticava em seus textos a escravidão que ainda predominava no Brasil, escrevendo também a favor do início da República. Por suas colocações audaciosas, inclusive, denunciando a situação de inferioridade em que vivia a mulher brasileira, mostrando-se ser pioneira também no feminismo. Narcisa foi alvo de críticas da sociedade resendense conservadora, católica, monarquista, escravocrata e machista.

No ano de 1924, Narcisa veio a falecer. A cidade de Resende prestou-lhe uma homenagem dando seu nome a uma das ruas do bairro Vila Santa Cecília, região do Grande Manejo. Ao longo de sua trajetória como poetisa e jornalista, Narcisa deixou seu legado para várias gerações que se inspiram em sua história com o digno reconhecimento.

PROGRAMAÇÃO

Além da mesa sobre a trajetória da patrona Narcisa Amália, a Feira do Livro de Resende conta com extensa programação nestes dois últimos dias de evento. Ainda neste sábado, outra atração às 15 horas será a Roda de conversa “Literatura Afrobrasileira” com Vanda Ferreira e Carlos Carvalho, no Palco Cultural, voltada ao público adulto. E, às 19h30min, a palestra “Velhos caminhos não abrem novas portas” com Alexandre Diniz, voltada para o público em geral, no Auditório Literário.

No domingo, último dia da Flir 2019, a programação começa às 9 horas com Oficina de Origami, na Tenda Sesc, seguida da Apresentação de Musicalização, no setor Outros Espaços, entre 9 e 12 horas. Entre 9 e 13 horas acontecerá a Sessão de Autógrafos com Wendell Soares, Adriana Igrejas, Carlos Carvalho, Wanderson Siqueira e Úmero Card’Osso, no Espaço do Escritor. Às 15 horas terá o Encontro com o convidado especial, Felipe Castilho. Ele é escritor e roteirista de quadrinhos. Aos 7, decidiu escrever um livro sobre coisas estranhas que seu irmão fazia.

A Flir segue com extensa programação até este domingo, dia 9

Na adolescência, quis trabalhar em livrarias, para poder viver cercado de páginas e ter acesso a elas, o que só aconteceu mesmo quando seus empregadores puderam contratá-lo sem infringir a lei. Aos 24, já como autor, participou de coletâneas e finalmente lançou-se no mundo dos romances, com o primeiro volume desta série é o autor de obras como Ordem Vermelha: Filhos da Degradação (Intrínseca, 2017), da saga O Legado Folclórico (Autêntica Editora) – composta pelos livros Ouro, Fogo & Megabytes (2012), Prata, Terra & Lua Cheia (2013) e Ferro, Água & Escuridão (2015) . Recentemente lançou a graphic novel Desafiadores do Destino (AVEC Editora, 2018) e foi roteirista da HQ finalista do Prêmio Jabuti, Savana de Pedra, com arte de Tainan Rocha e Wagner Willian.

A programação completa da Flir 2019 pode ser conferida no site www.feiradolivroderesende.com e nas redes sociais Facebook e Instagram (@feiradolivroderesende).

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