Centro Tecnológico aproxima indústria e instituições de ensino

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SUL FLUMINENSE

O Centro Tecnológico do Sul Fluminense, uma iniciativa da Firjan, APL Metal Mecânico do Médio Paraíba, MetalSul e Sebrae segue analisando as principais necessidades da indústria regional. Depois de visitar a PSA Peugeot-Citröen, em Porto Real, representantes de 12 instituições de ensino conheceram esta semana o processo de produção da Schweitzer-Mauduit do Brasil (SWM), multinacional americana localizada em Piraí.

Lançado com o objetivo de aproximar o meio acadêmico com as indústrias para fomentar a inovação, o centro dá os primeiros passos na busca de soluções para o desenvolvimento econômico local. Por enquanto, o projeto se apresenta através de uma plataforma on-line, espaço virtual que media demandas e ofertas de recursos entre empresas e instituições de ensino. A meta, porém, é transformar a iniciativa em um parque tecnológico físico.

Segundo a conselheira da Firjan e uma das coordenadoras da ação, Débora Caride de Carvalho, após a imersão em duas expressivas indústrias da região, muitas ideias já começam a ganhar forma. “A possibilidade de oferecer soluções por meio de trabalhos de conclusão de curso, dissertações ou mesmo projetos de extensão já foi considerada. É uma oportunidade para que o pesquisador acadêmico aplique suas pesquisas científicas na prática e para que o empresário conte com o know how científico das instituições de ensino”, informa.

Durante a visita à fábrica da SWM, empresa especializada na fabricação de papel, professores e coordenadores dos centros de ensino puderam verificar que a indústria hoje precisa otimizar o consumo de energia no processo chamado refino, tratamento mecânico realizado na fibra da celulose. “Com o Centro Tecnológico do Sul Fluminense, entendemos que muitas soluções podem ser aplicadas com o apoio da pesquisa científica. Basta adaptar para a realidade da nossa indústria”, reflete o gerente de desenvolvimento de produtos, Carlos Ragazzo.

Para o presidente da Firjan Sul Fluminense e diretor da SWM, Antônio Carlos Vilela, o próximo passo do Centro Tecnológico do Sul Fluminense é reunir a equipe técnica e analisar as demandas das indústrias que já demonstraram suas necessidades (SWM e PSA Pegeout Citröen).

Participam do Centro Tecnológico as instituições de ensino Firjan Senai, Fundação Educacional Dom Andre ArcoVerde (FAA), Centro Universitário de Volta Redonda (Unifoa), Associação Educacional Dom Bosco (AEDB), Faculdade Sul Fluminense (FaSF), Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Centro Universitário de Barra Mansa (UBM), Instituto de Cultura Técnica (ICT), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade de Vassouras e Centro Universitário Geraldo Di Biase(UGB/Ferp).

COCRIAÇÃO DOS SETORES

Para Antônio Carlos Vilela, a formalização do Centro Tecnológico do Sul Fluminense vai ao encontro da agenda regional do Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro (2016-2025): “O projeto da plataforma on-line configura a antecipação de um polo tecnológico físico, espaço onde queremos desenvolver startups, empresas, além de fomentar grandes negócios”, argumenta

Membro do centro desde a sua concepção, o professor do Centro Universitário de Barra Mansa (UBM) e coordenador da plataforma virtual, Efraim Medeiros complementa que para fortalecer o ambiente de inovação nas estruturas organizacionais é necessário um movimento de cocriação. “Não existem soluções prontas, mas uma vontade imensa de combinar a força da academia com a experiência do setor privado. Chegou a hora de gerar resultados partindo dessa comunicação efetiva”, conclui.23

Segundo o presidente da Firjan Sul Fluminense, o envolvimento de centros de pesquisa e empresas em soluções inteligentes e sustentáveis representa um avanço imprescindível ao crescimento econômico da região.

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