Escolas privadas de Barra Mansa discutem impactos da pandemia da Covid-19 sobre o setor de educação

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BARRA MANSA

No começo desta semana, o setor de educação do município (Codec), em parceria com a Associação Comercial, Industrial e Prestadora de Serviços (Aciap), promoveu uma reunião com alguns representantes das instituições privadas de ensino, no Centro Universitário de Barra Mansa (UBM), para discutir o cenário atual e as propostas de ações para superar a crise causada pela Covid-19. O evento seguiu todos os protocolos de segurança e distanciamento social e contou com a adesão de representantes de creches, escolas e cursos privados, além de apoio da Aciap e representantes da administração municipal e da sociedade civil. Estavam presentes, autoridades locais e gestores das instituições de ensino.

De acordo com os responsáveis, o objetivo do encontro, foi discutir meios para minimizar os impactos negativos gerados devido a pandemia, através do crescimento da inadimplência e do cancelamento de matrículas. Além disso, destacou a importância das atividades desenvolvidas pelas instituições particulares de ensino e toda a cadeia produtiva vinculada a ela, tais como trabalhadores de vans e transportes escolares, gráficas, editoras, confecções de uniforme, entre outros.

De acordo com o mantenedor do Colégio UBM, Mário Sila Chaves, o setor está se organizando para diminuir os impactos causados pela pandemia. “Além de estarmos nos organizados para atender às exigências sanitárias e disponíveis para o diálogo com as famílias, a fim de evitar a evasão, também temos nos organizado como setor para discutir as readequações necessárias para minimizar as perdas causadas pela pandemia”, avaliou.

DESISTÊNCIA

De acordo com o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Barra Mansa (Codec- BM), o setor de educação tem sentido os efeitos negativos da pandemia de forma muito preocupante. Em pesquisa realizada no mês de junho com 17 instituições privadas do município – dos níveis infantil, fundamental, médio e superior – foram registradas 653 desistências e 32 demissões. Desde o início da pandemia até junho, a inadimplência atingiu 43% dos alunos matriculados.

“Estamos receosos com os impactos negativos da pandemia no setor de educação privado de Barra Mansa. Temos feito muitos esforços para administrar a crise da Covid-19 e procurado o apoio das autoridades e da sociedade em geral porque entendemos que, além de um nicho extremamente importante para o desenvolvimento do município, temos um importante compromisso social e econômico como geradores de emprego e renda” apontou Arivaldo Corrêa Mattos, presidente do Codec.

RETORNO AS AULAS NO ESTADO

A Secretaria de Educação na quinta-feira,8, publicou no Diário Oficial, as regras gerais para o retorno seguro de professores e funcionários da rede estadual de ensino às salas de aula. Para a retomada, ainda sem data estabelecida, mais de 30 mil testes rápidos (Igm/IgG) serão disponibilizados em uma parceria entre as secretarias de Saúde e de Educação. Não precisarão retornar às aulas presenciais os servidores que estão enquadrados nos grupos vulneráveis da Covid-19, como imunodeprimidos, indivíduos com 60 anos ou mais que possuem doenças crônicas, gestantes e puérperas. De acordo com a secretaria, a testagem dos docentes deverá ocorrer nas unidades municipais de Saúde mais próximas das escolas ou das residências dos profissionais. Uma nova resolução com os locais para os testes e demais orientações sairá na próxima semana.

As escolas estão adequando seus espaços para garantir o distanciamento social e adquirindo equipamentos de proteção individual (EPIs), como luvas e face shield para os profissionais, além de máscaras para servidores e alunos. As escolas também contarão com dispensers para álcool em gel 70% e tapetes sanitizantes. O Governo do Estado destinou o reforço de R$ 9 milhões para cerca de 1,2 mil escolas estaduais para a compra dos materiais.

O retorno das aulas presenciais será apenas para turmas da 3ª série do Ensino Médio e da Fase IV de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os colégios localizados em municípios que não autorizaram a flexibilização das regras do isolamento social deverão dar continuidade das atividades exclusivamente remotas.

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