ESTADO/BARRA MANSA
Durante a audiência pública realizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que terminou na noite desta quarta-feira, dia 15, onde foi discutido o novo modelo de concessão da BR-116 (Via Dutra) e BR-101 (Rio-Santos), foi informado que há um estudo para transferir a praça de pedágio de Itatiaia para Floriano, em Barra Mansa. Usando a palavra na reunião, o prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable questionou essa informação dizendo ser absurda, pediu estudos a respeito e disse que lutará para que isso não se concretize. “Esse projeto é um acinte. Transferir uma praça de pedágio para Barra Mansa só vai onerar toda operação. Vemos as indústrias da região indo para São Paulo e esse projeto esvaziará ainda mais para fortalecer o outro estado”, disse Drable.
O prefeito defende maior explanação desse e outros pontos, até mesmo pela Alerj, Câmara Federal e Senado. Quer uma audiência da ANTT em Barra Mansa. Ele disse que não podemos mais comprar sonhos. “Em 1994 lembro de passar pela Serra das Araras, novinha em folha e falei o quanto ela estava bonita. Meu pai me disse que ia ser duplicada. Passados quase 26 anos o sonho continua sendo vendido, mas agora para daqui três anos. Iniciamos essa audiência ouvindo que é um grande projeto, um novo modal, mas não entendi por que dividir a Dutra e juntar com a BR-101. Nova ilusão”, apontou Rodrigo.
Ele citou que o projeto tem tantas coisas absurdas que está se perguntando se não seria de propósito para a CRR NovaDutra (a administradora até 2021) continuar operando. Citou que em Barra Mansa, cidade com 187 anos, são dez retornos, sendo sete oficiais e três informais. “Vivemos na angústia que podem fechar na semana que vem e comunidades inteiras ficarem sem acesso. Os outros sete estão cheio de buracos. Há problema entre São Luiz e Boa Sorte na Via Dutra que a drenagem que foi feita joga o que sobra para dentro dos bairros. Sabem quem paga a conta? Barra Mansa. Com relação à saúde, a concessionária nunca se preocupou em quanto custa atender acidentados da rodovia, mas nós investimos porque precisamos nos preocupar com quem morre em nossa porta”, enumerou, ao falar da falta de investimentos da atual concessionária na altura de Barra Mansa. “Aprendi que a coisa pública só existe por um motivo: para tornar a vida das pessoas melhor, se não for não faz o menor sentido”, concluiu o prefeito.
