Deficientes físicos precisam de cuidados redobrados com higienização para evitar Covid-19

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BARRA MANSA

A higiene pessoal e limpeza de ambientes e objetos são algumas das principais medidas para a prevenção do coronavírus, além de ficar em casa sempre que possível. Contudo, pessoas com deficiência precisam ter atenção redobrada com objetos utilizados com frequência, como bengalas, muletas ou cadeiras de roda. O presidente da ONG Coopenea, que ajuda pessoas com deficiência em Volta Redonda, Thiago Lopes da Silva, afirmou que a necessidade de contato constante com esses objetos, faz com que o deficiente esteja mais exposto ao vírus.

Thiago, que tem 36 anos e é cadeirante, mora no bairro Cajueiro, em Barra Mansa, e contou que tem trabalhado em Home Office, evitando o máximo sair de casa.  Segundo ele, a cadeira de roda é como se fosse um sapato, sempre em contato com o chão e, por isso, é ideal que o deficiente tenha mais de uma cadeira. “Com isso, uma você usa para ir na rua e outra para transitar em casa. Mas entendo que tem pessoas que não têm condições de ter mais de uma e, nesse caso, é importante que está com atenção redobrada na higiene das mãos e sempre evitando levá-las ao rosto”, disse.

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) recomenda que, assim como toda a população, pessoas que utilizem cadeiras de rodas devem higienizar o aro de impulsão, rodas e o joystick da cadeira, com água e sabão, principalmente caso tenha sido necessário sair de casa. O piso de casa também deve ser limpo diariamente com água sanitária. Outros objetos, como próteses e órteses, além de meios de locomoção, como bengalas, andadores e muletas, também devem ser higienizados frequentemente, com água e sabão.

Contudo, segundo Thiago, existe cadeirante que mora sozinho e, sem uma segunda cadeira de rodas, essa higienização se torna mais complicada. “Tem 35 dias que não saio de casa, apesar de possuir três cadeiras de rodas. A pessoa que é deficiente tem que evitar o máximo de sair nesse período que estamos vivendo, pois ela tem contato com a roda da cadeira, que está constantemente no chão”, disse, ratificando a importância dos serviços de delivery nesse momento. “Podemos também pedir a ajuda de outras pessoas, por exemplo, um vizinho, para ir ao mercado. A população está se disponibilizando e sendo solidárias nesse momento”, relatou.

Marcel Ângelo Saraiva de Almeida, de 45 anos, morador do Vila Coringa, teve sequelas de poliomielite e, por isso, atualmente necessita de muletas para se locomover. Ele explicou que só vai para rua em caso de extrema urgência. “Ao chegar em casa, antes de sair do carro, costumo higienizar a muleta, tenho feito o uso constante de álcool em gel e utilizo máscara”, relatou, concluindo que esse é um procedimento importante a se fazer sempre que chegar em casa.

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