CSN reúne vereadores para detalhar ações para combater o ‘pó preto’

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VOLTA REDONDA

Os vereadores de Volta Redonda receberam um detalhamento da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) a respeito das medidas adotadas para reduzir as emissões do chamado ‘pó preto’, bem como ações novas que estão sendo adotadas para diminuir ainda mais as emissões. A reunião foi realizada na manhã desta terça-feira, 30, no Hotel Bela Vista, pela diretora de Sustentabilidade, Helena Guerra. Quinze dos 21 vereadores participaram, os demais, explicaram que estavam fora da cidade.

Ainda participaram do encontro o diretor-executivo da CSN Siderurgia, Alexandre Lyra, e o diretor institucional e jurídico, Luiz Paulo Barreto, além dos quatro diretores operacionais da Usina Presidente Vargas e gerentes das áreas cujos temas foram abordados no encontro.

Foi anunciado por Helena guerra a compra de medidores para redução da emissão do ‘pó preto’. Eles serão operacionalizados pelo Inea. Até então, as medidas da qualidade do ar sempre foram feitas na cidade com base nas emissões de gases e das chamadas ‘partículas inaláveis que são as que faz\em mal para saúde. A explicação é que o pó preto entra na classificação de partículas sedimentáveis. “Por isso, muita gente estranha quando há um problema de emissão do pó preto e aquele aparelho de medição na rua está indicando a qualidade do ar como boa ou moderada. É que neste caso o pó preto não está incluído, pois não se enquadra entre as partículas inaláveis, que fazem mal à saúde. Os novos medidores vão aferir essas emissões”, informou, completando que esse pó não causa danos à saúde, mas causa incômodo aos moradores. “Não afeta a saúde, mas causa sujeira, incômodo e claro que não queremos isso. Por esse motivo, estamos adotando todas as medidas para combatê-lo, inclusive a reforma dos filtros das sinterizações e a construção de novos filtros”.

A CSN tem que cumprir até setembro deste ano o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). A empresa tem até setembro desse ano para concluir todo o TAC. Na reunião foi informado que já estão cumpridos 70% do TAC. A parte dos equipamentos de sinterização é a mais cara e já teve início a instalação na empresa. Ao todo, são 35 itens que precisam ser cumpridos.

PILHAS DE ESCÓRIA

Ainda no encontro, a diretora informou aos vereadores sobre a realização de estudos independentes que demonstram que as chamadas pilhas de escoria, do bairro Siderlândia, são seguras e não correm o risco de serem despejadas no Rio Paraíba do Sul. Ela chamou de “lenda popular” essa sugestão ao que poderia acontecer. “Temos equipamentos chamados inclinômetros instalados diretamente no local. Nenhuma das pilhas se moveu um centímetro sequer ao longo de anos e anos. Sem contar que aquela pilha mais próxima ao Rio Paraíba é tão sólida quanto uma rocha”, destacou.

Mesmo assim, segundo Helena Guerra, a empresa tem cumprido seu compromisso de retirar mais escória do que acrescenta no local. Ela apontou que no ano passado a redução foi de mais de meio milhão de toneladas.

 

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