Crateras e rachaduras em casas preocupam moradores do bairro Siderlândia, em Barra Mansa

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BARRA MANSA

Os moradores da Rua Gabriel Gonçalves de Brito (Rua B), no bairro Siderlândia, entraram em contato com a VOZ DA CIDADE para falar sobre os problemas que estão enfrentando. A situação é que segundo eles, uma manilha de latão, que foi colocada há 25 anos abaixo das casas, está corroída e por esse motivo a água pluvial e de esgoto que  passa pela tubulação está vazando e fazendo com que o solo fique úmido e ceda em alguns pontos.

Em dezembro de 2020, o A VOZ DA CIDADE fez uma matéria falando sobre o primeiro imóvel que apresentou esse problema. Parte de uma loja desabou após uma cratera se abrir no local onde a manilha passa. Na época, a prefeitura realizou um serviço provisório para que o problema fosse resolvido, porém, depois de dois anos o local voltou a apresentar problemas.

Casa que desabou em 2020 – Foto: Gabriel Borges

Terreno de casa que desabou em 2020 – Foto: Gabriel Borges

 

 

 

 

 

 

A preocupação dos moradores não é só essa. A situação é que agora mais de dez casas estão apresentando rachaduras e buracos no solo por conta do vazamento da manilha.

Mário Ambrósio, de 67 anos, mora no mesmo local há mais de 40 anos, ele conta que lembra quando a obra para colocar a manilha foi realizada. “Essa obra deveria ter sido realizada na via pública. Mas na época que isso foi feito, achávamos que estávamos conseguindo uma vitória, seria realmente uma coisa boa se fosse colocada uma manilha de concreto. Mas como é uma manilha de latão ela está toda corroída. Para ter uma noção meu terreno está cedendo em diversos pontos”, explicou, contando que a Defesa Civil já chegou a interditar uma parte da casa.

Foto: Gabriel Borges

Hudson Ferreira relata que há um ano decidiu sair de casa com a família. “Até então eu não sabia que o problema era esse. Quando a casa começou a apresentar rachaduras, procuramos por conta própria um engenheiro que descobriu o motivo do problema e recomendou até que demolíssemos o imóvel pelo risco de desabamento. Temos todos os laudos que foram realizados e que mostram isso”, disse, acrescentando que atualmente mora com a família em casa de parentes.

Foto: Gabriel Borges

 

Nilva Maria, de 59 anos, conta que pensa em sair de casa, mas que não sabe para onde ir. “Construímos essa casa desde o zero. É tudo o que temos. Eu tenho uma filha que é PCD (Pessoa com deficiência) e tenho medo de que algo aconteça”, falou.

Uma parte da casa de Sirlei Emiliana, de 52 anos, também já foi interditada pela Defesa Civil devido o risco de desabamento. “A casa da minha filha também foi interditada, então estamos ficando na situação que está menos pior”, falou.

Agora Sirlei, o esposo, a filha que está grávida e outras dez crianças, continuam na casa que corre o risco de desmoronar. “Vamos para onde? Quem vai viver com um Aluguel Social de R$ 300? Nós somos pobres, não temos para onde ir”, lamentou.

Foto: Gabriel Borges

O A VOZ DA CIDADE entrou em contato com a prefeitura que informou que a equipe técnica do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Barra Mansa (Saae-BM) está realizando um levantamento para elaborar um projeto e solucionar o transtorno no bairro. “Após a finalização do projeto será possível determinar uma previsão para a execução da obra”, disse a nota.

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