Correios: paralisação parcial não afeta os serviços de atendimento

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SUL FLUMINENSE

A paralisação parcial dos empregados dos Correios, iniciada na segunda-feira, dia 17, pelas representações sindicais da categoria, não afeta os serviços de atendimento da estatal. A Superintendência Estadual dos Correios no Rio de Janeiro divulgou na terça-feira, 18, o levantamento parcial da ECT no país, indicando que 83% do efetivo total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente.

A empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas.

FUNCIONAMENTO

A rede de atendimento dos Correios está aberta em todo o país e os serviços, inclusive SEDEX e PAC, continuam sendo postados e entregues em todos os municípios. Para mais informações, os clientes podem entrar em contato pelo telefone 0800 725 0100 ou pelo endereço https://bit.ly/328qBRp.

NEGOCIAÇÃO

A ECT ressalta que desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.

Conforme amplamente divulgado, a diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período – dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida. “Diversas comunicações inverídicas e descontextualizadas foram veiculadas, com o intuito apenas de provocar confusão nos empregados acerca dos termos da proposta. À empresa, coube trazer as reais informações ao seu efetivo: nenhum direito foi retirado, apenas foram adequados os benefícios que extrapolavam a CLT e outras legislações, de modo a alinhar a estatal ao que é praticado no mercado”, afirma a estatal.

A empresa frisa que “os trabalhadores continuam tendo acesso ao benefício do auxílio-creche, para dependentes com até 5 anos de idade. Os tíquetes refeição e alimentação também continuam sendo pagos, conforme previsto na legislação que rege o tema, sendo as quantidades adequadas aos dias úteis no mês, de acordo com a jornada de cada empregado: 22 tíquetes para quem trabalha de segunda a sexta-feira e 26 tíquetes para os empregados que trabalham inclusive aos sábados ou domingos. Estão mantidos ainda – aos empregados das áreas de Distribuição/Coleta, Tratamento e Atendimento -, os respectivos adicionais”.

Dentre as medidas adotadas para proteger o efetivo durante a pandemia, a empresa redirecionou empregados classificados como grupo de risco para o trabalho remoto – bem como aqueles que coabitam com pessoas nessas condições –, sem qualquer perda salarial. “Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos”, afirma.

ADESÃO NO SUL FLUMINENSE

A direção do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect-RJ) acatou a decisão da assembleia realizada na noite desta segunda-feira, dia 17, coordenada pela Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) reunindo todos os sindicatos do país e deliberaram pela greve geral nacional por tempo indeterminado.

No Sul Fluminense fazem parte da greve, até o momento, o Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) de Resende, Barra Mansa, Barra do Piraí e Volta Redonda, além do Centro de Entrega de Encomenda (CEE) de Volta Redonda. “A principal razão da greve é que uma norma regulatória foi tirada pelo Tribunal Superior do Trabalho no ano passado, com duração de dois anos, tendo a presença das representações dos trabalhadores e da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A empresa está quebrando isso impondo a retirada de 70 clausulas que estão vigentes até 2021 com o intuito de privatizar os Correios. O que queremos é que se respeite a decisão tomada no TST”, informa Esmeralci Silva, diretor do Sintect no Sul Fluminense.

Ao longo desta quarta-feira e nos próximos dias o sindicato seguirá com o movimento nas unidades informando a categoria sobre as razões da greve e buscando ampliar a adesão dos ecetistas. Uma nova assembleia nacional dos sindicatos é prevista para o dia 22, por videoconferência pelo Facebook.

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